Bancada do Sul

Dando continuidade ao ciclo de reuniões com as bancadas regionais, o presidente da Assembleia Legislativa, Julio Garcia (PSD), se reuniu ontem (12) com deputados que integram a Bancada do Sul. Em pauta, as demandas consideradas prioritárias para a região, que deverão ser inseridas nos debates no Legislativo estadual.

“As bancadas regionais são um instrumento extraordinário de trabalho e aproximam a Assembleia da sociedade, por isso estamos definindo as prioridades, e é a partir delas que iremos trabalhar”, frisou Julio Garcia.

Obras de infraestrutura estão entre as demandas elencadas pela Bancada Regional do Sul, coordenada pelo deputado Pepê Collaço (PP). “Defendemos a redragagem do Rio Tubarão, a celeridade nas obras da SC-108, que é o novo anel viário de Criciúma, e a continuidade da 2ª parte da ligação entre Içara e Criciúma. São muitas obras estratégicas para o desenvolvimento da nossa região e que estamos pleiteando junto ao governo do Estado”, detalhou o coordenador da bancada.

Integram a Bancada do Sul os deputados Julio Garcia, Pepê Collaço, Jessé Lopes (PL), José Milton Scheffer (PP), Rodrigo Minotto (PDT), Soratto (PL), Tiago Zilli (MDB) e Volnei Weber (MDB).

Sem Bolsonaro

O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, falou ontem na Cidade em Dia sobre o processo eleitoral. Ele deixou claro que gostaria de ver Bolsonaro nas urnas no ano que vem, mas sabe que isso é improvável. “Porque neste momento ele está inelegível e porque ainda tem outro processo para ser analisado. Então, apesar da minha torcida, eu sei que o Bolsonaro não vai estar no cenário. Temos que avaliar que a direita precisa se unir e deixar a vaidade de lado”.

Ele também falou sobre o processo eleitoral em Santa Catarina e deixou claro que sua decisão de disputar o governo do Estado não tem volta. “É irreversível. O lançamento da pré-candidatura será no dia 22 em Chapecó. Estamos buscando conversar com PP, União Brasil já sinalizou, e não vou contar prefeitos. Eu vou fazer aliança é com o povo de Santa Catarina”.

Empréstimo

A partir do dia 21 de março, trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada poderão pedir empréstimo com desconto direto na folha de pagamento e com juros mais baixos. A novidade foi anunciada ontem (12), no Palácio do Planalto, em Brasília.

Depois de assinar a Medida Provisória que cria o “Crédito do Trabalhador”, o presidente Lula defendeu a divulgação em massa da modalidade. “Os dirigentes sindicais têm que pegar um carro de som e ir para a porta da fábrica e dizer para os trabalhadores que agora eles podem ter crédito barato para sair do endividamento em que se meteram, sair da mão do agiota, sair da mão de banco que cobra 10, 12%. Procure um banco que lhe ofereça uma taxa menor, você tem que escolher entre os bancos privados e os bancos públicos aquele que cobrar menos e fazer a sua mudança de crédito pelo seu empréstimo”.

E a inflação

A inflação oficial do país registrou, em fevereiro, a maior taxa para o mês nos últimos 22 anos. O IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, ficou em 1,31%, muito acima da taxa de janeiro, de 0,16%.

Os grupos Habitação, pressionado pelo reajuste de 16,8% na tarifa de energia elétrica residencial, por causa do fim do bônus de Itaipu, e Educação, com o aumento das mensalidades escolares, foram os maiores responsáveis pela alta da inflação de fevereiro.

De acordo com os dados divulgados ontem (12) pelo IBGE, o grupo Alimentação e Bebidas também subiu, puxado pelo aumento nos preços dos ovos de galinha e do café. Já no grupo Transportes, o que mais pesou foi a alta dos combustíveis e o reajuste das passagens de ônibus urbanos.

Início confirmado

O prefeito Vaguinho Espíndola deixou claro ontem (12), durante entrevista à Rádio Cidade, que a cobrança do rotativo em Criciúma, nos bairros Pio Correa, São Luiz e Comerciário, vai sim começar na próxima segunda-feira (17).

Há todo um movimento na Câmara e também de associações de moradores para tentar retardar o processo, mas o assunto está sacramentado. Repito o que já escrevi: é, sim, uma evolução importante e que precisa ser absorvida pela população.

Falando em população

Há um sentimento estranho do brasileiro com relação ao que é público. É um pertencimento às avessas que faz com que as pessoas, quando vão a um órgão público, achem que estão no direito de se portar como querem.

Veja o caso da saúde, por exemplo. Se você for tentar consulta em um plano de saúde com um especialista, o tempo de espera está na casa dos meses. Quando você vai a um consultório particular, espera horas para ser atendido. Mas quando vai a um ambiente público, não consegue ficar 10 minutos esperando. Reclama, grita, esperneia, falta às consultas pelo simples motivo de achar que “se é público, é meu”.

Falta, neste e em muitos outros casos, uma dose considerável de respeito, empatia e civilidade. Lamentavelmente, caminhamos para trás nesse quesito.