Nada mudou
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, segue detido. Foi o resultado da sessão de ontem da quinta-feira (18) da quinta turma do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O placar foi de 2 a 1. O desembargador Zoldan da Veiga, que pediu vistas ao processo, acabou votando de maneira divergente. Ele sugeriu que a prisão fosse substituída por medidas restritivas, como a manutenção do afastamento da função de prefeito até o final do mandato e a impossibilidade de circular pelo Paço e pelo legislativo. Foi voto vencido e não conseguiu mudar os outros dois votos já efetivados. “Já esperávamos por isso. Agora nos resta buscar junto ao STJ um habeas corpus para que o prefeito possa retomar a sua liberdade”, explicou o advogado Giovani Dagostin, que representa Salvaro. Ontem mesmo ele também pediu que os casos sejam desmembrados, ou seja, que cada um tenha sua própria situação avaliada individualmente.
Em Brasília
A aposta é de que o voto divergente de Zoldan possa ser o caminho adotado para tentar no STJ a soltura do prefeito. Ele mostra que não há uma unanimidade sobre o caso e também deixa alternativas para a prisão preventiva. “Eu entendo que o prefeito não teve o direito à defesa e já foi automaticamente preso. A prisão é sempre a medida extrema e só adotada após outras restrições, sanções que poderiam ser aplicadas nesse cenário e que ainda não foram. Esse é o argumento da defesa”, ponderou.
Uso político
Giovani também aproveitou a entrevista que me concedeu ontem na Som Maior para reclamar do que chamou de uso político da prisão. “Estão usando a imagem do prefeito para atacá-lo e para tentar obter vantagem política. Estão atacando um homem que neste momento não pode se defender, ainda não teve esse direito, para tentar ter vantagem eleitoral e esquecem que estão junto atacando e expondo toda a sua família. É lamentável o que estão fazendo”, registrou.
Licenciado
O governador Jorginho Mello se licenciou oficialmente do cargo para mergulhar de corpo e alma no processo eleitoral em Criciúma. Terá a missão de impulsionar as campanhas do PL nas principais cidades do estado. Uma de suas primeiras missões será hoje em Criciúma, ao lado de Jair Bolsonaro.
Com Guidi
Bolsonaro vai estar no AM Master Hall. Estará com Ricardo Guidi, mas não apenas com ele. O evento do PL é regional. Teremos militância e candidatos da Amurel, da Amrec e da Amesc. Será um evento em que todos vão tentar tirar uma casquinha do ex-presidente. Agora a dúvida é saber o que de fato a passagem dele provocará no cenário eleitoral de Criciúma. O ato de Bolsonaro terá eleitores de Vaguinho, de Godinho, de Ferrarezi, de Kaminski e de Guidi. Só não estarão lá mesmo os eleitores de Arlindo Rocha.
Não vai
Na próxima segunda-feira (23), os candidatos de Içara vão ter pela frente mais um debate eleitoral. Dalvania Cardoso já avisou que não irá. Ela repete a estratégia adotada ao longo do processo eleitoral de 2020 e que acabou dando certo.
Aprovado
O Senado aprovou o projeto do Acredita, que concede crédito para micro e pequenas empresas. São empréstimos com juros mais baixos para pessoas que vivem em locais de vulnerabilidade econômica. Terão prioridade mulheres, jovens, negros, as populações tradicionais e ribeirinhas e pessoas com deficiência, especialmente aqueles que estão abrindo o primeiro negócio. Já para os microempreendedores, as micro e pequenas empresas e sociedades de cooperativas com faturamento até R$ 4,8 milhões por ano, fica criado o Desenrola Pequenos Negócios, para a renegociação. O Programa Acredita já havia sido criado a partir de uma medida provisória que perdeu a validade em agosto.
Valendo
Há pelo menos dois meses, dei destaque ao projeto das cooperativas que tentavam junto ao governo a autorização para usar 20% do ICMS devido para investimentos em infraestrutura. Durante sua passagem por aqui na terça-feira (17), o governador autorizou a medida, que já está valendo e deve dar um fôlego para que as cooperativas possam investir em melhoramento de redes e ações que aumentem a sua eficiência.
