“Aqui é transparência”, diz Salvaro ao se manifestar sobre ação do Gaeco

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Operação do Gaeco, Geac e MPSC visa investigar corrupção envolvendo funerárias

Criciúma

O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, manifestou-se em suas redes sociais na manhã de ontem (5) sobre a operação “Caronte”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (Geac).

Segundo o prefeito, alguns documentos foram levados durante as diligências, sendo ainda colocados outros à disposição para esclarecimento das investigações, que apuram crimes envolvendo a prestação de serviço funerário.

“Não há problema nenhum. Nós estamos muito dispostos a colaborar. E estou determinando uma sindicância interna para apurar também esses fatos, que agora a gente tem conhecimento, para colaborar com essa operação, pois o nosso propósito aqui é manter sempre esta prefeitura e este governo como os mais transparentes de todo o território nacional”, declarou Salvaro.

Ele também informou que vem sendo indagado sobre a operação ter sido deflagrada não muito distante ao processo eleitoral. “Não tem nada com eleição. Este é um processo que já estão investigando lá de trás. Uma coisa é a investigação, outra coisa é o governo e outra coisa é a campanha eleitoral”, finalizou.

Vereador afastado

O Tribunal de Justiça decidiu afastar o vereador Daniel Antunes (União Brasil) da Câmara de Criciúma por 180 dias, após a operação realizada pelo Gaeco. O suplente Jefferson Monteiro foi preso na operação e será convocado para assumir o cargo Paulo da Farmácia, o segundo suplente. A operação também prendeu outras seis pessoas com mandado de busca e apreensão. Os detidos restantes foram Bruno Ferreira, Tiago de Moraes, Leandro Renan, Sandro Guarani, Anilson Cavali Junior e Gineides Varela.

MPSC divulgou a operação

O Ministério Público de Santa Catarina divulgou a operação assim:

Na manhã de ontem, em apoio à Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac) deflagraram a operação “Caronte”.

A operação visa combater a atuação de possível organização criminosa que visava a prática de delitos contra administração pública, licitatórios, lavagem de dinheiro, dentre outros.

O procedimento investigatório criminal foi instaurado inicialmente pela Promotoria de Justiça visando apurar delitos envolvendo a prestação de serviços funerários e, com o surgimento de investigado com prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a investigação passou a tramitar na Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, com o apoio do Gaeco e do Geac.

O cumprimento das ordens judiciais ocorreu nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Içara, Itapema, Jaraguá do Sul, Palhoça, São José, além de Itati/RS. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, 38 mandados de busca e apreensão, além do afastamento do cargo público de dois investigados.

Os presos foram submetidos ao exame de corpo de delito e serão encaminhados para audiências de custódia. A diligência conta com o apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina para agilizar a confecção e conclusão dos laudos periciais com a extração das evidências digitais dos materiais apreendidos.

A investigação tramita atualmente em segredo de justiça.