Casa centenária que conta parte da história do município foi recuperada após anos fechada ao público

Içara

Para resgatar as memórias de quem deu os primeiros passos para a urbanização de Içara, a Administração Municipal recuperou o Museu do Agente Ferroviário Anselmo Cargnin. O espaço, reinaugurado após ampla reforma no último sábado (29), recebeu o incremento de 120 quadros com imagens da história da estrada de ferro com estações antigas, máquinas a vapor e imagens das famílias que moraram na casa da década de 40 em diante.

“Um povo sem história é um povo sem futuro. O contexto do desenvolvimento da região central de Içara passa pela Estrada de Ferro Tereza Cristina, e junto dela, essa casa, que há aproximadamente 100 anos abrilhanta a Avenida Procópio Lima, em frente à linha férrea, no coração da cidade”, destaca a prefeita Dalvania Cardoso.

Os patriarcas das cinco famílias que moraram na casa batizaram cada cômodo, que receberam pertences e utensílios domésticos da época doados pelos filhos. São eles: Santos Costa, Nenéco, Almerindo Inácio, Zé Sapateiro e Anselmo Cargnin, que empresta o nome ao museu. Há, ainda, uma sala de vídeo para reproduzir imagens que contam a história de Içara, da estrada ferro e da casa do agente ferroviário. O Governo Municipal investiu aproximadamente R$ 65 mil para executar a obra.

“Me doía muito o coração passar por esse espaço e vê-lo fechado, judiado e depredado. Quando abrimos aquela porta, vimos que tínhamos muito a fazer. Não apenas reerguer a estrutura, mas recuperar o acervo e introduzir as memórias das famílias que moraram ali. Por tudo o que essa casa representa, nada mais justo que ela esteja disponível para ajudar a contar às gerações futuras como era a vida em Içara naquela época”, pontua o diretor de Comunicação do Prefeitura de Içara, Charles Cargnin, neto de Anselmo Cargnin.

“A restauração contou com a troca do assoalho, forro e nova aplicação de reboco, trazendo maior impermeabilização para a umidade do local. Também recuperamos o chafariz, trocamos as lâmpadas comuns por paflons, deixando o ambiente mais iluminado, fizemos novas pinturas externas e internas, e, claro, não podemos deixar de falar da construção da rampa de acessibilidade em áreas históricas”, afirma o secretário de municipal Planejamento, Israel Rabelo.