Enio Coan foi eleito vice-diretor-presidente, mas assumiu o comando da Instituição em 1988

Criciúma

“A educação é uma paixão”. A afirmação é do professor e economista Enio Coan, e retrata bem a sua contribuição com a Fucri. Ele chegou à Instituição na década de 1980, após seis anos morando no Paraná.

Natural de Orleans, decidiu retornar à região de origem após se formar em Economia na Universidade Federal do estado vizinho. “Fui convidado para cobrir a falta de professor por um semestre na Fucri, mas fui aprovado pelos alunos e permaneci na Instituição por 20 anos”, conta.

Neste período, além de professor, Coan foi coordenador de curso e chegou a diretor-presidente. “Em 1988, eu fui eleito vice-diretor-presidente na chapa com Aloísio Westrup. Como ele precisou se ausentar, eu assumi a presidência”, relata.

Westrup deixou o cargo devido à assuntos profissionais, assim Coan comandou a Fundação até 1989, sendo eleito vice mais uma vez em 1990, desta vez em parceria com Laênio Ghisi, que permaneceu no comando da entidade até 1993.

“Acabei me envolvendo a pedido de professores que atuavam em tempo integral e, preocupado com a Instituição, assim como eles, aceitei o convite para a área administrativa, sendo, na sequência, candidato a vice-diretor-presidente”, fala.

“Na época houve uma organização regimental que dava direito de voto para alunos, professores e funcionários em paridade. Então ganhamos a eleição e levamos a administração da Fucri para fora dos muros, para a área empresarial da cidade e para a sociedade, que se envolveu cada vez mais. A Fucri começou a ser vista como uma grande Instituição”, acrescenta.

A forma de eleição criada na época, na qual toda a comunidade acadêmica tem direito a voto, foi mantida e ainda nos dias de hoje é um dos diferenciais da Unesc.

Os primeiros passos rumo à Universidade

Ele lembra que um dos primeiros atos da gestão foi contratar profissionais externos na busca por preparar a Fucri para se tornar Universidade. “Estávamos com o projeto em andamento, demos continuidade e acabou se tornando esta nossa Unesc. O processo evoluiu, e um ano depois já se pensava em transformar a Fucri em Universidade, tanto que a Carta Consulta começou a ser montada neste período. A evolução do processo envolveu tanto o ambiente interno como toda a sociedade “, diz.

Apaixonado pela educação

Com 1,5 mil alunos na época, Coan lembra que a entidade estava em crescimento. Ele recorda que, como diretor, conduziu a conclusão dos prédios que abrigaram a reitoria e a biblioteca por anos. Além destes, a infraestrutura do curso de Educação Física também foi construída.

“A educação é uma paixão e acabou se tornando a minha segunda atividade. Falo segunda, porque nunca consegui me desvencilhar da minha profissão de economista, mas me apaixonei pela educação. Lembro que a primeira turma foi um desafio e eu falava que os alunos teriam que me ajudar porque eles me convidaram para ser professor por um semestre”, cita.

“A influência de uma Instituição como esta no desenvolvimento regional é muito grande, é fundamental, pois a inteligência acabou sendo aproveitada, desenvolvida e levada para as nossas empresas a partir da Fucri/Unesc. A Universidade tem uma vida pela frente, tem uma visão de latitude hemisférica porque é infinita esta interferência e esta vida junto à comunidade regional Sul Catarinense”, acrescenta.