Cerca de 20 associados que protocolaram um pedido de informação junto ao Conselho Administrativa não ficaram satisfeitos com a resposta

Içara

Cerca de 20 associados da Cooperativa Aliança, de Içara, solicitam uma investigação interna sobre as medidas tomadas pelo Conselho Administrativo em relação à Operação Iluminado. Eles protocolaram um pedido de informação, junto ao Conselho Administrativa, mas não ficaram satisfeitos com a resposta. A preocupação é que o presidente, Reginaldo de Jesus, afastado da função, retorne ao cargo antes dos esclarecimentos que a comissão pleiteia.

A operação, conduzida pela polícia civil no dia 16 de maio, resultou na apreensão de R$ 40 mil em dinheiro, quatro veículos e na prisão temporária de quatro pessoas, incluindo o presidente da cooperativa, Reginaldo de Jesus. Embora Reginaldo de Jesus já tenha sido solto, ele permanece afastado do cargo.

Até o momento, a Polícia Civil não concluiu o inquérito relacionado à operação. Preocupados com a situação, um grupo de 20 associados apresentou um pedido de informações ao Conselho Administrativo, buscando esclarecimentos sobre as ações tomadas em resposta à operação. Claudinei Defani, um dos associados que assinou o pedido, explicou que foi formada uma comissão para redigir o ofício direcionado à cooperativa, buscando transparência e informações claras. “Embora a presidência da cooperativa tenha respondido ao pedido, a resposta não foi conclusiva”, lança.

Necessidade de reunião

Os associados solicitam uma reunião entre os cooperados para discutir a situação e obter respostas definitivas. Eles ressaltam a importância da transparência por parte da cooperativa. “Queremos saber se a Cooperaliança tomará algum posicionamento diante dos acontecimentos”, explica Defani.

Os associados esperavam que a cooperativa conduzisse uma investigação paralela para abordar qualquer conduta ilícita. Eles também desejam discutir a possível volta do presidente afastado durante a assembleia, ressaltando a importância do debate coletivo.

Este é o primeiro caso de prisão envolvendo a cooperativa, o que tem gerado preocupação entre os associados. Ainda segundo Defani, de acordo com os estatutos da cooperativa, o afastamento da direção só pode ocorrer por decisão judicial.

No momento, não há informações sobre possíveis penalidades que poderão ser aplicadas aos envolvidos na Operação Iluminado. “Os associados esperam que a cooperativa tome as ações adequadas com base nos resultados da investigação policial e na própria investigação interna que estamos solicitando”, argumenta ainda o associado.