Troca do diretor-executivo da associação é o pivô da questão, já que desagradou prefeitos da região.
Criciúma
Noi Coral, presidente da Associação dos Municípios da região carbonífera (Amrec) e prefeito de Morro da Fumaça, anunciou a data de sua renúncia ao cargo que assumiu há dois meses. A decisão foi motivada pela debandada de prefeitos integrantes da associação, que estão deixando de pagar a mensalidade.
De acordo com Noi Coral, cinco prefeitos já se manifestaram pelo não pagamento da mensalidade, e mais um deve entrar para esse grupo, o que inviabiliza a Amrec. Se até o dia 31 de março essas prefeituras não voltarem a pagar a mensalidade, o prefeito renunciará. Coral afirmou que essa é uma questão pessoal e que não há motivos para continuar dessa maneira.
Dos 12 municípios que integram a Amrec, Criciúma e Forquilhinha não pagaram nenhuma das mensalidades de 2023, Cocal do Sul cumpriu com o compromisso somente em janeiro, Nova Veneza pagou janeiro e fevereiro e avisou que não vai mais contribuir, e Siderópolis pagou janeiro, fevereiro e março, mas também já avisou que não pagará as parcelas a partir de abril. Treviso pagou todas as parcelas, mas o prefeito Noi Coral prevê que também entre no grupo dos não pagadores.
Coral ressaltou que somente a folha da associação soma R$ 60 mil por mês e que a arrecadação é em torno de R$ 1,6 milhão, caindo mais da metade com a ausência dos seis municípios.
A celeuma começou após a decisão do prefeito eleito presidente da Amrec, de trocar o diretor-executivo da Associação. Coral nomeou uma pessoa de sua confiança para o cargo, o que não foi bem-visto por alguns prefeitos. “Isso não foi bem-visto por alguns prefeitos que aprovaram em reunião que o presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec fosse demitido para colocar lá o diretor-executivo que eu havia demitido. Ocorre que eu não tenho gerência sobre o consórcio e isso não aconteceu”, explicou Coral.