Janeiro apresenta apenas 83,2 mil novos empregos, metade do mesmo mês em 2022

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A terceira Era Lula chegou mostrando desaquecimento na economia também no indicador “empregos com carteira assinada”

Da Redação

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados ontem (9) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, houve apenas 83,2 mil novas vagas de emprego criadas no Brasil em janeiro deste ano. Apesar do saldo positivo entre as admissões e desligamentos, o número é metade do registrado no mesmo mês de 2022, quando foram criadas 167,2 mil vagas.

O relatório do Novo Caged aponta, ainda, que o saldo positivo de janeiro de 2023 foi o menor desde 2020, quando se registrou a criação de 92,6 mil vagas. Por outro lado, o resultado cobriu parte das perdas de dezembro do ano passado, quando o país já sabia que Lula teria seu terceiro mandato. Neste último mês já com Jair Bolsonaro calado no Palácio do Planato, o saldo de empregos ficou negativo em 440 mil vagas.

O estoque mensal de empregos formais terminou o mês de janeiro deste ano com um crescimento de 4,81% na comparação com o mesmo mês de 2022, com 42,5 milhões de vagas. Já os requerimentos ao seguro-desemprego cresceram 15,9%, chegando a 614 mil.

Em janeiro deste ano, o setor de serviços foi o que mais gerou empregos em janeiro, com 40,6 mil novas vagas, seguido pela construção (38,9 mil), indústria (34 mil) e agropecuária (23,1 mil). O comércio, no entanto, fechou 53,5 mil vagas no mês.

Santa Catarina

Santa Catarina, pelo menos, está no pódio da geração de novos postos de trabalho no país. Segundo os dados do Caged, em janeiro de 2023, o estado criou 15.727 novas vagas com carteira assinada, ficando em segundo lugar no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo (18.663).

O estado ficou em primeiro lugar no Sul do país, além de se distanciar dos demais estados. Enquanto o Rio Grande do Sul gerou 10.073 vagas, o Paraná ficou com 6.369 – menos da metade dos empregos catarinenses.

Setores

O resultado positivo para o mês de janeiro foi puxado pelo bom desempenho da indústria catarinense, especialmente de transformação, responsável por 9.352 novos postos de trabalho. Contribuíram ainda para a geração de empregos o setor de serviços (+4.683) e da construção (+3.583). O único a ter queda foi o comércio de veículos (-3.401).

Região Carbonífera

Com 140 contratações a mais que desligamentos, a Região Carbonífera mantém em janeiro saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. Com o desempenho, foram adicionados 5.780 postos de trabalho formalizados nos últimos 12 meses, elevando o estoque de empregos para 147.333.

A tendência de alta se observou durante praticamente todo o ano passado, à exceção de dezembro, único mês em que houve mais demissões do que admissões na soma dos 12 municípios.

Entre os municípios, Forquilhinha liderou a geração de empregos em janeiro, com o acréscimo de 51 novas vagas, seguida de perto por Orleans, que contabilizou 50, e Siderópolis, com 43. Içara também contribuiu positivamente, com o acréscimo de 27, assim como Urussanga, com 21; Treviso, com 18, e Balneário Rincão, com 11. Por outro lado, Criciúma, Lauro Müller, Nova Veneza, Morro da Fumaça e Cocal do Sul tiveram saldo negativo no período.