O coração e suas razões
Às vezes choramos sem motivo, será? Sorrimos sim, sempre que a alegria invade nossa alma. A defesa é intransigente das razões que o coração tem. Ou vamos acreditar que uma defesa de uma postura de vida é marcada pela individual autenticidade? Ou excessos de fantasias se impulsionam e criam naquele exato momento as razões do coração? Ou a criatura se acomoda e se resigna, abdicando valores e aceitando os valores impostos pela família? Ou esta sociedade continua mandando em nós?
Se aceitamos determinados valores somos vistos como loucos, creio nesta verdade… A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Outro dia um homem bêbado caiu no mar, foi retirado vivo e ainda falando. Que bom! Mas pensei, que desespero ataca um homem que lhe leva a beber ou querer morrer. Um jovem na verdade, que desistiu da vida. Precisamos de famílias que nunca abandonem os corações ensanguentados de tanto sofrer.
Precisamos de filhos entendendo o motivo da dor e, jamais abandonem sua família! O coração tem suas razões! Como diz Chico Buarque “…vive de cada vez como se vivesse a última.” Uma visão de um apaixonado, nem extremista e nem exaltado. A saudade invade os corações de quem ama! Eu queria as flores e você o sol, eu queria os livros e você o mar, eu queria dormir… Ah, cumpro o meu destino debaixo dos olhos de Deus.
A cidade onde vivemos devemos respeitar e amar. Antônio Castilho, poeta prosador e português em 1870, escreveu “Longe de mim negar puerilmente às cidades suas vantagens sociais; digo só que para a poesia se não fizerem elas, e que, se nessa frágua algum engenho poético resiste, se aí canta, nunca há de ser tanto, nem tão bom, nem tão inocente, nem tão perfumado como seria sem dúvida nos campos.”
Em 1932, Gilberto Amado disse que os versos têm às vezes unção de uma arcada de violino no silêncio da noite ou de um vago acordar de teclado de órgão pela manhã no interior escuro de uma igreja adormecida.” Espero que você pense assim, que a razão do coração é sedutora, cheia de vida, de amor, de compreensão, de humanidade, e sobretudo de sabedoria.
Falar de amor, de paixão, de razão é um relato claro e simples significado da vida de todos nós, dia após dia, sem retornar ao passado. O amor (paixão) tem uma linguagem pura e uma personalidade que forja e tempera o espírito de uma pessoa, pobre ou rica, feia ou bonita ou de um simples vagabundo que anda nas ruas. Homens e mulheres são iguais e atravessarão a ordem, qualquer deles no decorrer dos séculos.