Ação de conscientização e combate ao Aedes aegypti vai se concentrar no Loteamento Jussara nesta quarta-feira
Içara
Com a localização de 30 focos do Aedes aegypti e a notificação de três casos de dengue (todos importados) nos últimos 30 dias, Içara lança uma ofensiva contra o mosquito transmissor também da chikungunya e zika vírus. Nesta quarta-feira, dia 20, uma força-tarefa estará no Loteamento Jussara em uma ação concentrada de conscientização aos moradores.
“Diversos setores da prefeitura vão participar, como o Planejamento, Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, agentes de endemias, agentes de saúde, além de lideranças da comunidade e contamos também com a participação do Exército. Vamos passar em todas as ruas, distribuindo material educativo e fazendo orientações sobre a limpeza dos terrenos e a importância de não acumular água”, detalha a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, a enfermeira Graziela Macarini Zuchinalli.
Ela explica que o município também está mapeando os terrenos baldios e notificando os proprietários para providenciar a limpeza e recolhimento do lixo depositado indevidamente nesses locais. Da mesma forma, a prefeitura vai limpar as áreas públicas, evitando que materiais deixados nesses espaços acumulem água.
“Estamos numa época de chuva e sol e, com o descarte irregular do lixo, acabam se formando as condições ideais para a proliferação do mosquito”, lembra Graziela. A enfermeira ressalta que o Jussara foi escolhido para essa ação porque os focos encontrados no município concentram-se na região, englobando também a Vila Nova, no entorno da BR-101, além do bairro Presidente Vargas.
Novas ações
“Nessas comunidades apareceram os primeiros focos e continuam sendo encontrados com mais frequência. Vamos iniciar pelo Jussara, mas possivelmente a força-tarefa será realizada também em outros bairros”, projeta.
A coordenadora afirma que o combate e prevenção ao Aedes aegypti se mantêm durante todo o ano, com armadilhas espalhadas por pontos estratégicos do município e monitoramento semanal, assim como a conscientização dos moradores sempre que algum foco é encontrado.
A rede municipal de Saúde também acompanha os casos notificados, no momento, de um paciente que chegou de mudança do Tocantins e de duas pessoas que viajaram para Joinville. “É uma doença em que são tratados os sintomas”, relata Graziela.
Aumento de casos no Estado
O primeiro boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) deste ano revela que 45 municípios de Santa Catarina apresentam alto risco de transmissão de dengue – no mesmo período do ano passado, eram 17. A maioria deles está localizada na região Oeste do Estado.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), já foram confirmados 9.422 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 7.515 são autóctones, ou seja, com transmissão dentro do Estado. Já foram confirmados oito óbitos pela doença, entre eles, de um homem de 40 anos em Criciúma. Há nove mortes em investigação.
Sintomas
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos.
Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Ao apresentar sinais e sintomas, o paciente deve procurar atendimento médico para evitar o agravamento do quadro. Colaboração Andreia Limas, Canal Içara.