Movimento ocorre todas as terças-feiras. É aberto aos interessados em participar e de forma gratuita

Criciúma

Flauta, violão, cavaquinho e pandeiro são os instrumentos que dão voz à Roda de Choro. Os encontros estão ocorrendo no Museu Augusto Casagrande todas as terças-feiras, das 19h às 21h. A ideia é reunir os musicistas amantes do choro, estudar a música por meio do repertório do gênero e movimentar a região do bairro Comerciário. A iniciativa é dos músicos Jota Martins e Dio Natali com apoio da Fundação Cultural de Criciúma (FCC). O movimento ocorre de forma gratuita e é aberto aos interessados em participar.

Conforme um dos idealizadores dos encontros, o músico Jota Martins, a iniciativa é uma roda de estudos de choro, em um local público, para desenvolver a cultura do movimento na região. “A roda é uma roda de estudos, pois estamos estudando, formando chorões e choronas. Tocaremos algumas músicas mais lentas, erraremos, repetiremos a música, se for necessário. É o encontro dos amantes do choro, dos músicos e da plateia, pela difusão e concretização do movimento em Criciúma e região”, completou.

Começo de tudo

A falta do movimento em Criciúma foi o que motivou Dio buscar o apoio da FCC. O músico cresceu ouvindo o gênero dentro de casa durante sua infância e adolescência. “A ideia é que a FCC fornecesse um local que os músicos pudessem se encontrar no centro da cidade, pois o choro acontece e surge na roda desde o século 19, quando os primeiros chorões nasceram, em meados de 1830”, explicou.

“A Roda de Choro é muito humana, democrática e generosa e todo mundo está respeitando a música que está sendo tocada. Se o músico está na roda, ele sabe que aquilo é importante e vai dar tudo de si para tocar bem. A roda melhora muito os músicos que estão nela, pois além de tocar, estamos ali para ajudar aqueles que querem aprender”, acrescentou. Segundo ele, o movimento também ensina a humildade e o companheirismo dentro da música. “O nosso sonho é que as pessoas de todas as idades venham com seus instrumentos para aprender a tocar na roda de choro. A gente está no movimento na mais completa humildade e paixão pelo gênero”, completou.

Parceria com a FCC

A FCC cedeu o Museu Augusto Casagrande para realização dos encontros, com intuito também de movimentar o bairro comerciário no período noturno. “A partir dessa proposição deles, a gente pensou em um espaço, e associou de fazer no museu e veio de encontro com uma demanda que os moradores do bairro solicitaram para nós, que era de movimentar o local e os entornos no período noturno. Nós estamos trabalhando para implementar em breve uma feirinha de artesanato e alimentação ao redor do museu nos dias de choro também”, revelou o diretor de cultura da FCC, Clairton Rosado.

Já o presidente da FCC, Zalmir Casagrande reforça que iniciativas como essa movimentam e incentivam mais ações em prol da cultura da cidade. “A fundação sempre está de portas abertas para apoiar ações e movimentos como este. O nosso papel é auxiliar os artistas e difundir os mais diversos nichos de cultura na nossa cidade”, enfatizou.