Congresso reuniu pesquisadores e especialistas durante uma semana para discutir as pesquisas sobre o mineral
Criciúma
O VI Congresso Brasileiro de Carvão Mineral (CBCM) chegou ao fim na sexta-feira (3) deixando como mensagem a promessa de uma indústria carbonífera com o objetivo de mitigar as emissões de CO2. Durante os cinco dias de evento, pesquisas e projetos voltados para a utilização da Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) foram o destaque nos debates e palestras do CBCM. Entre especialistas e pesquisadores a mensagem foi a mesma: O carvão pode e será o combustível fóssil descarbonizado.
“Nos próximos anos vamos ter muitas oportunidades para pesquisadores, alunos e professores para desenvolvimento e implantação de Captura de CO2. O Brasil vai precisar de fóssil, vide a crise hídrica, e o fóssil descarbonizado é com CCS. Temos que incorporar indústria e academia para discutir como implantar essa tecnologia no Brasil. Por isso a indústria carbonífera tem levantado as discussões e estamos ligando essas políticas ao carvão”, explicou o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan.
Além das tecnologias para captura de carbono, outras pesquisas foram levantadas, como a produção de outros produtos derivados do carvão mineral e técnicas para a recuperação ambiental de áreas. “No Brasil a gente já vê essas pesquisas como importantes desde 2007. Avançamos na área de gaseificação, temos programas de modernização das térmicas e carvão com biomassa”, ressaltou Zancan.
O próximo Congresso, em 2023, será realizado de forma presencial em Criciúma.