Fecam, entidade que reúne prefeituras do estado, reforçou pedido
por mais fi scalização do Estado e campanha de orientação
A Federação Catarinense de Mu- nicípios (Fecam) compartilhou preocupação com os órgãos de governo e justiça, sobre o crescimento
exponencial dos casos de Covid-19 e do relaxamento das medidas de prevenção por parte da população, principalmente após o feriado de 12 de outubro. Em pedido de atenção e urgência, considerando o feriado prolongado de Finados, a Fecam e os executivos reforçaram a necessidade de apoio em fiscalização nas cidades e campanha estadual massiva feita pelo Governo com orientação das medidas em vigor e da necessidade da população seguir as regras para evitar que a contaminação acelere de forma desordenada. Em período eleitoral, para as prefeituras há
uma série de medidas, incluindo autorizações judiciais para veiculação de
campanhas neste sentido.
Alerta de Casagrande
O secretário de Saúde de Criciúma ,Acélio Casagrande, por exemplo, em
entrevista à rafi o Massa FM, voltou a apelar para que a população mantenha os cuidados sanitários indicados para o combate ao novo coronavírus. Nos últimos dias, segundo ele, a cidade já registrou um crescimento no número de novos casos. “É um crescimento pequeno, ainda está sob controle, mas o quadro preocupa. Precisamos entender que não há vacina e temos que conviver com o vírus”, explicou o secretário na entrevista ao jornalista Anderson de Jesus.
Segundo Casagrande, ao longo das últimas semanas também houve uma
visível redução no número de pessoas usando máscaras na cidade. “Isso está bem claro e naturalmente preocupa”, disse.
O diretor executivo da Fecam, Dionei Walter da Silva, reforçou que com
a flexibilização e a necessária retomada das atividades econômicas, há uma falsa sensação por parte da população de que as medidas de saúde (higiene e distanciamento social) não são mais importantes. “Ao mesmo tempo que o Mapa vai melhorando, como aconteceu há algumas semanas, as medidas precisam continuar. É preciso deixar claro que a pandemia não acabou. Há uma resistência da população e isso nos acende um alerta”, destacou o diretor executivo da Fecam. Ele comentou ainda a preocupação com o início da temporada de verão, com aumento de risco e o descontrole das ações. A fiscalização ao descumprimento das medidas, cita Dionei, é a grande dificuldade dos prefeitos, principalmente em períodos como esse de feriado prolongado. “A autoridade sanitária do município não tem estrutura, não tem profissionais para impedir e fiscalizar todas as aglomerações”, cita ele, lembrando que principalmente em municípios pequenos o número de policiais não é sufi ciente para a grande demanda
de chamados. O Estado, que no Mapa da Matriz de Risco Epidemiológico apresentava-se estável, agora aparece em crescimento e é um grande desafio para os gestores públicos municipais. Segundo a Fecam, houve aumento significativo na quantidade de casos ativos de uma semana para outra, passando de 8.082 para 10.328, o que representa crescimento de 27,79%. O último boletim da matriz de risco data de 26 de outubro e o anterior do dia 14.