Sindicato patronal e dos trabalhadores não chegaram a acordo para manter as portas aberta na segunda-feira
Criciúma, Içara e Região
O Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Criciúma e Região (Sindilojas) e o Sindicato dos Empregados no Comércio, que representa os trabalhadores, não chegaram a um acordo e o comércio deve ficar fechado na região no feriado de 7 de Setembro. Isso para as cidades de Criciúma, Urussanga, Forquilhinha, Cocal do Sul, Siderópolis, Treviso e Nova Veneza.
Os comerciários de Içara, Balneário Rincão e Morro da Fumaça têm outro sindicato e houve acordo, mas este acordo foi de ficar em casa no feriado. Portanto, as lojas estarão fechadas também.
Desacordo em Criciúma
Segundo o presidente do Sindilojas, Renato Carvalho, no momento de crise como este, fechar as lojas em um feriado é ruim para todos. O impasse já vem por conta dos acordo coletivo anual, que não andou. “Um dos impasses é a contribuição sindical. Hoje os funcionários precisam ir até o sindicado e dizer que não querem contribuir. Com a tecnologia que temos hoje ter que se deslocar. As vezes a loja é pequena e tem dois funcionários. E aí, como fica? Não podemos descontar dos funcionários de nossas lojas sem o consentimento deles”, explicou Carvalho.
Para o representante dos lojistas, a situação vem complicando com o isolamento social. Segundo Carvalho, somente em Criciúma, de janeiro a julho, foram fechados mil postos de trabalho. “Caminhamos por áreas onde antes havia muitas lojas e agora várias estão indo a falência. Os pequenos comerciante estão sofrendo ainda mais”, reforçou.
“É lamentável que o sindicato dos trabalhadores não tenha entendido as dificuldades impostas pela pandemia com encerramento, falência de muitas empresas e com o agravamento no aumento do desemprego. Neste momento se faz necessário a união de esforços para que as atividades comerciais possam funcionar, pois é fundamental para o fomento da economia local e quem sai ganhando é toda sociedade e especialmente a preservação do emprego e da renda. Acho que quem quer abrir, deveria poder abrir. Hoje todos precisam buscar a recuperação”, “, avaliou Carvalho.
As empresas do seguimento de gêneros alimentícios (hipermercados, atacados, supermercados, mercearias, feiras, entre outras) poderão funcionar normalmente. A não abertura vale para o comércio de rua e shoppings.