Dor nas articulações, limitação de movimentos, sensibilidade no local, rigidez da área afetada e edemas são indicativos de inflamação da Bursa
Da Redação
As temperaturas mais baixas favorecem o aumento da dor em função dos processos inflamatórios no organismo. Exemplos disso são as cicatrizes cirúrgicas, as articulações, os músculos, além do desconforto gerado pelas doenças reumáticas. Isso ocorre pela diminuição do aporte sanguíneo nas articulações e nas contraturas musculares.
Dor nas articulações, limitação de movimentos, sensibilidade no local, rigidez da área afetada e edemas são indicativos de bursite – inflamação da bursa. Essa pequena bolsa cheia de líquido tem como função proteger os tecidos ao redor das articulações (ombro, cotovelo, quadril, joelho e tornozelo) e impedir que o osso pressione os tecidos mais moles e cause lesões.
“O principal sintoma associado a essa enfermidade é a dor no local acometido, geralmente desencadeada pelo movimento da articulação próxima. No entanto, às vezes, esse desconforto pode ser sentido também em repouso. Uma complicação que pode ocorrer é a infecção da bursa, que leva ao aparecimento de sinais inflamatórios locais. A pele fica vermelha, quente e inchada”, explica o médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann ao realçar que no organismo existem aproximadamente 160 bursas.
Esses processos inflamatórios são provocados por encurtamento muscular, esforços repetitivos, traumatismos e alterações anatômicas. Segundo Reichmann, algumas doenças podem predispor o paciente ao desenvolvimento de bursite, como a gota e a artrite reumatóide. “Essas doenças precisam ser pesquisadas nos casos em que não há melhora com o tratamento ou que apresentam várias recorrências de bursite”, afirma.
O diagnóstico é feito com base no histórico do paciente e no exame físico realizado pelo especialista. Quando existe a suspeita de infecção é solicitada a coleta de líquido da bursa para exame na busca de bactérias ou células de defesa do organismo. Quando presente, a infecção deve ser tratada com o uso de antibióticos e, em alguns casos, drenagem local com agulha. Caso isso não resolva será necessária cirurgia.
“O tratamento visa aliviar a dor e curar a inflamação. Para amenizar o desconforto é orientado o uso de tipoia, repouso da articulação e compressas ou bolsa de gelo, que protegem a articulação e reduzem o movimento. Também são indicados antinflamatórios e aplicação de injeção local com anestésicos”, expõe o médico.
Se o paciente não apresentar melhora precisará se submeter a um procedimento mais evasivo. Reichmann alerta que a falta de tratamento acarreta limitação funcional dolorosa da articulação que pode evoluir para limitação quase total dos movimentos. “Essa situação é causada pela retração muscular, capsular e tendinosa provocada pela falta de movimentos da articulação em sua plenitude”.
Para prevenir o médico recomenta evitar posições e atitudes que aumentem a pressão sobre as bursas, tentar não permanecer na mesma posição por muito tempo e utilizar protetores acolchoados para as articulações. Outra medida é manter o peso ideal, pois o excesso também aumenta a pressão sobre as bursas.