Prefeitura aponta queda de quase 40% nos casos em sete meses de trabalho contínuo

Criciúma

A Prefeitura de Criciúma registrou uma redução de cerca de 280 para 170 pessoas em situação de rua desde o início do ano, resultado de ações diárias de acolhimento social promovidas pela secretaria de assistência social nos bairros mais vulneráveis do município, com foco especial na região do Pinheirinho. O trabalho é baseado em abordagens diretas, encaminhamento para tratamento de dependências químicas e inserção no mercado de trabalho.

De acordo com o prefeito Vagner Espindola, a prioridade do município é garantir dignidade e reinserção. “Nossa prioridade é cuidar das pessoas, garantir que elas tenham uma nova chance com dignidade e apoio real. Não se trata apenas de tirar das ruas, mas criar e seguir políticas públicas que possibilitem o tratamento, a reinserção e esperança”, afirmou.

As equipes de abordagem, formadas por assistentes sociais e educadores do Centro Pop, são responsáveis por buscar o diálogo e formalizar a documentação para internações clínicas quando há aceitação por parte da pessoa abordada. A secretária municipal de assistência social, Dudi Sônego, explicou que as tentativas são contínuas: “A abordagem é diária e, muitas vezes, com as mesmas pessoas. Trabalhamos com persistência, até que elas estejam prontas para aceitar o acolhimento. Nosso objetivo é oferecer uma nova chance, sempre que houver abertura”.

Em situações de abuso de substâncias e com consentimento da pessoa, os atendidos são orientados e encaminhados para leitos clínicos contratados pelo município. A dependência química, embora não seja a principal causa da situação de rua, está presente na maioria dos casos atendidos. Por isso, a Prefeitura ampliou, no início do ano, o número de vagas para internação de 50 para 150. Atualmente, 145 dessas vagas estão ocupadas.

“Existe uma rotatividade diária nesses leitos. Sempre há, pelo menos, uma liberação por dia, o que permite novos encaminhamentos de forma constante, sem interrupção do atendimento”, explicou a secretária.

Após o tratamento, o encaminhamento ao mercado de trabalho é feito com apoio da Central de Empregos, do Centro Pop e da República, incluindo a confecção de currículos e cadastro em vagas oferecidas por empresas locais. Segundo Dudi, “as ações seguem de forma constante, com foco na redução do número de pessoas nas ruas, no tratamento da dependência química e na oferta de caminhos reais para a reintegração social”.