Dívida bruta realizada pelo Governo Lula, estados e municípios já chega a 76,2% do PIB; quem paga a conta é o brasileiro
Da Redação
O setor público consolidado, que inclui União, estados, municípios e estatais, fechou fevereiro com déficit primário de R$ 18,973 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Banco Central. O resultado negativo é atribuído principalmente ao desempenho das contas do governo central.
A dívida líquida do setor público alcançou R$ 7,296 trilhões em fevereiro, equivalente a 61,4% do PIB. Já a dívida bruta do governo geral somou R$ 9,045 trilhões, o que representa 76,2% do PIB, frente aos 75,7% registrados em janeiro. Esses indicadores são utilizados como referência por agências de classificação de risco e investidores.
No acumulado de 2025 até fevereiro, as contas públicas registram superávit primário de R$ 85,122 bilhões. Em 12 meses encerrados em fevereiro, o déficit é de R$ 15,885 bilhões, o equivalente a 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em relação às diferentes esferas de governo, o governo central teve déficit de R$ 28,517 bilhões no mês, enquanto os governos estaduais e municipais registraram superávit de R$ 6,633 bilhões e R$ 2,611 bilhões, respectivamente. O resultado conjunto dos entes regionais foi positivo em R$ 9,244 bilhões.
As empresas estatais, exceto Petrobras e Eletrobras, também contribuíram com superávit de R$ 299 milhões, revertendo o déficit de R$ 483 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Os gastos com juros da dívida pública somaram R$ 78,253 bilhões em fevereiro, acima dos R$ 65,166 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. O aumento é atribuído, entre outros fatores, ao crescimento da Selic, maior número de dias úteis e aumento da dívida pública.
O resultado nominal das contas públicas, que considera o déficit primário somado aos juros, foi de R$ 97,226 bilhões em fevereiro, ante R$ 113,858 bilhões no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal é de R$ 939,839 bilhões, ou 7,91% do PIB.
