Projeto de R$ 30 milhões inclui duplicação de avenidas e novo viaduto
Criciúma
O governo de Criciúma assina nesta terça-feira (19) a ordem de serviço para a terceira etapa do binário da Avenida Santos Dumont, que inclui obras de duplicação e construção de um viaduto. Durante o evento, também foi sancionada a Lei n° 8.660/2024, que regula as faixas de preservação permanente das bacias hidrográficas urbanas do município. A cerimônia aconteceu às 10h, no Salão Ouro Negro do Paço Municipal Marcos Rovaris.
A terceira etapa do projeto envolve a duplicação da Avenida Imigrantes Poloneses em um trecho de 950 metros, além da construção de um viaduto curvo com 300 metros de extensão, quatro faixas de tráfego e 6,5 metros de altura. Segundo o secretário de infraestrutura, Jóri Ramos Pereira, o objetivo é melhorar a mobilidade nos bairros São Luiz, Ceará e Jardim Maristela. “A obra busca trazer mais fluidez ao trânsito, contribuindo para uma circulação mais eficiente na região”, afirmou o secretário.
O financiamento para essa etapa foi viabilizado por um empréstimo internacional junto ao Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O montante de US$ 25 milhões, equivalente a R$ 130 milhões, também será utilizado para projetos adicionais, como a revitalização de ruas centrais, implantação de ciclovias e criação de um parque ecológico no Morro Cechinel.
“Com a terceira etapa do binário, promovemos avanços na mobilidade urbana. Já com a sanção da Lei das Bacias Hidrográficas, reafirmamos nosso compromisso com o equilíbrio entre desenvolvimento e preservação ambiental”, avalia o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.
A Lei n° 8.660/2024 dispõe sobre o uso das margens das bacias hidrográficas urbanas, incluindo os rios Cedro, Quarta Linha e Mãe Luzia. O texto foi elaborado com base em estudos realizados entre 2021 e 2023 e ajusta as normas para áreas de preservação permanente (APPs), flexibilizando o uso do solo em regiões urbanizadas.
De acordo com Edson Silva, diretor de planejamento urbano de Criciúma, os ajustes visam equilibrar a expansão urbana e a proteção ambiental. “As mudanças permitem um uso mais racional das áreas urbanas consolidadas, reduzindo construções nas APPs e garantindo a preservação dos recursos naturais”, explicou Silva.
As APPs são áreas protegidas destinadas à preservação ambiental em regiões sensíveis, como margens de rios e encostas. A nova legislação busca compatibilizar o crescimento urbano com a conservação do meio ambiente, promovendo um planejamento sustentável para Criciúma.