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O município mais jovem da Região Carbonífera, antes considerado um local para a temporada, hoje atrai cada vez mais turistas e novos moradores

Alexandra Cavaler, repórter freelancer

Balneário Rincão foi criado como distrito de Içara em 15 de julho de 1999. A emancipação foi aprovada em plebiscito com 53,20% dos votos, mas a falta de legislação impediu a criação do município. Com a promulgação da PEC dos Municípios, Rincão conquistou o direito de realizar eleições em 2012, tornando-se oficialmente um município com 13 quilômetros de orla, sete lagoas, duas plataformas de pesca e 15.981 habitantes (IBGE/2022).

A cidade completou 21 anos na quarta-feira (3) e está em pleno crescimento econômico e populacional. “No último censo, o município contava com 12 mil habitantes. Atualmente, deve passar dos 20 mil”, afirma Nestor Back, engenheiro da Secretaria de Infraestrutura, Pesca e Meio Ambiente, destacando que já há movimento o ano todo devido aos bares e restaurantes abertos.

O engenheiro também ressalta o investimento constante em infraestrutura. Entre as obras, está o calçadão de aproximadamente cinco quilômetros. Ele também menciona o Plano Diretor, que norteou construções e mobilidade urbana. “O Plano Diretor foi um importante passo, pois direcionou as pavimentações e atraiu empresas de outras cidades, contribuindo para alavancar a economia.”

A história do município

Antes habitado por indígenas, em 1858, “Rincão Comprido” era rota de Laguna a Porto Alegre. Das antigas glebas com poucas famílias, que sobreviviam das atividades rurais e da pesca, formou-se um núcleo de veraneio (Praia do Rincão). A criação do Distrito foi aprovada em 1999. Posteriormente, o município foi criado e delimitado pela Lei Estadual nº 12.668 de 3 de outubro de 2003, sancionada pelo então governador. Contudo, com a falta de legislação, a criação foi impedida.

Com a promulgação da PEC dos Municípios, Balneário Rincão realizou eleições em 2012. O município-mãe, Içara, nasceu em Urussanga Velha, que hoje pertence ao Rincão. A ocupação iniciou no final do século XVIII, com a exploração da mandioca, cana-de-açúcar e cachaça, exportados por carro de bois até Garopaba.

Durante a colonização, o litoral recebeu açorianos e escravos, em um cenário de intensa ocupação indígena. A partir de 1880, chegam os imigrantes.

Pontos turísticos

  • Treze quilômetros de orla marítima entre as zonas norte, sul e Barra Velha
  • Calçadão central
  • Praça da Zona Sul
  • Sete lagoas: Urussanga Velha, Freitas, Jacaré, Faxinal, Esteves, Mãe Luzia e Rincão
  • Parque Aquático Parque Verde
  • Mirante da Caixa D’Água
  • Plataforma de Pesca
  • Campestre Iate Clube
  • Igrejinha Nossa Senhora dos Navegantes

Festas tradicionais

  • CarnaRincão: Carnaval regional com desfile das cidades da Amrec.
  • Festa de São Jorge: Realizada em maio na Lagoa dos Esteves, com procissão e participação de cavaleiros de toda a região.
  • Festa Nossa Senhora dos Navegantes: Missa e bênção de velas, realizada na Capela Nossa Senhora dos Navegantes, Zona Norte.
  • Festa da Tainha: Resgate da cultura açoriana e valorização da culinária pesqueira.
  • Julifest: Festa junina com apresentações culturais e venda de quitutes.
  • Programação de Verão: Extensa programação cultural na temporada. Destaque para o Calçadão inaugurado em 2019.
  • Réveillon: Moradores da região se deslocam para o Rincão na virada do ano.

Dados

  • Prefeito: Jairo Celoy Custódio
  • Vice-prefeito: Luiz Gustavo da Luz Neto
  • Microrregião: Região Carbonífera
  • Aniversário: 3 de outubro
  • Habitantes: 15.981 (IBGE/2022)
  • Eleitores: 11.453 (TSE/2019)
  • PIB: R$ 225.341.000,00 (IBGE/2018)