No Dia dos Pais, uma homenagem a quem acredita na instituição da família

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Professor aposentado, mas ainda atuante, Paulo Roberto diz que ter filhos é a confirmação de que tudo terá continuidade na vida

Alexandra Cavaler, repórter freelancer

Balneário Rincão

Os pais desempenham um papel crucial no desenvolvimento emocional, social e psicológico dos filhos. Eles são frequentemente os primeiros educadores, oferecendo amor, suporte e orientação. Eles são importantes ao oferecerem apoio, educação e formação de valores; são modelos de comportamento e também a peça-chave quando se trata de estabilidade e segurança. O Dia dos Pais, celebrado neste domingo, dia 11, é uma oportunidade de expressar gratidão e amor pelos pais, refletindo sobre sua importância na vida de cada um. Neste contexto, hoje vamos contar um pouco da história de Paulo Roberto Frederico, professor de física, química e filosofia; engenheiro químico, morador de Balneário Rincão. Casado com Jadna Valéria, eles têm três filhos (Bruno, casado com Edna; Jadna, casada com Kirley; e Lilian Nina, casada com Marcelo). Dessas uniões vieram os sete netos: Vinicius, Davi, Joana, Marcelo, Matheus, Otto e Capitu.

Paulo fala das tradições preservadas para celebrar o Dia dos Pais e descreve a relação com os filhos. “Sempre espero uma surpresa, pois já houve muitas. Ano passado ganhei uma bolsa de couro, a que tinha foi roubada em Porto Alegre. E várias vezes me deram uma cesta de café. Também já ganhei meias, calças, camisetas e camisas. Estou ansioso para o que vai acontecer neste ano”, relatou sorridente, revelando como leva a relação com os filhos: “Eu e minha esposa Jadna os criamos para que tivessem responsabilidades, que se tornassem úteis e importantes, que fossem cidadãos do mundo. E para que cada um tivesse sua vida própria e independente, com suas companheiras ou companheiros. E isso acontece, o que nos enche de orgulho”. Além disso, em família, a programação preferida são as reuniões “à moda italiana, ou açoriana, com churrasco, ou alguma coisa gostosa”.

Ensinamentos e lembranças

Quando o assunto é o próprio Paulo, faz questão de lembrar-se da infância, dos momentos e da saudade. “Minha infância já faz tempo. Foi há sete décadas. O Dia dos Pais foi iniciado nos EUA, em 1909, e começou no Brasil em 1953, ano do meu nascimento. Até a década de 70 esse dia era pouco lembrado, e nesta época foi um pouco mais comemorado, e passou a ser um momento para que filhos passassem a fazer homenagens. Meus filhos são da década de 80, todos sempre fizeram algo na escola, nestes últimos tempos meus filhos sempre fazem alguma coisa para marcar a data, a qual eu considero de boas recordações e homenagens. Fazem muitas pra mim, mas eu pouco fiz para o senhor Dirmo Frederico, meu pai, que nos deixou muito cedo, em 1978”, lamentou.

O professor conta as lições deixadas pelo seu Dirmo. “Meu pai foi um homem que muito me incentivou a ser responsável e viver uma vida digna. Ele gostava de viajar, e eu também. E como você perguntou quem eu gostaria de ter por perto nesta data, com certeza seria meu pai. Gostaria de apresentar para ele minha família, filhos, netos. Enfim, tudo que surgiu a partir dele e da minha mãe”, disse emocionado, lembrando que seu Dirmo era um homem elegante, sempre bem vestido, foi pedreiro e mestre de obras, e construtor. “Eu sou engenheiro e professor, e não sou tão elegante quanto ele”.

Desafio e a paternidade na atualidade

Questionado sobre as mudanças da paternidade ao longo dos tempos, Paulo é enfático: “Não. A paternidade responsável continua igual, e a irresponsável também, infelizmente”, disse, acrescentando sua inspiração como pai e desafios. “Tive no passado alguns desafios, mas todos foram superados. Sempre digo que quando me fecham portas, são abertas novas janelas, ou portões. Quanto à inspiração de figura paterna, como já mencionei, perdi meu pai muito cedo, mas tive um segundo pai, que foi meu sogro, Carlos Westfall da Silveira, alguém com quem aprendi muito da vida familiar”.

Ele também fala de gratidão e da visão que tem sobre o papel do pai na família moderna. “Aos meus filhos sou grato porque sem eles eu não teria conhecido o delicioso sabor de ser avô. Sobre a família moderna, acredito que ser pai não muda com o passar do tempo. Ser pai tem e sempre terá o mesmo significado: estar presente, garantir nossa eternidade criando filhos e netos. Afinal, o objetivo da vida, para mim, é muito simples: viver! Diante de tudo o que foi falado e pelo imenso amor que tenho pela minha família, deixo um simples recado aos homens de hoje, falando algo muito próprio: tenham filhos, pois só eles te darão netos, os quais são a confirmação de que tudo terá continuidade na família. Feliz Dia dos Pais a todos!”