Paralisação dos profissionais iniciou na terça-feira e segue em busca de maior renumeração e mais funcionários

Criciúma

Os funcionários da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) realizaram um ato na manhã de ontem (5) na Avenida Estevão Emílio de Souza, Bairro Ceará, em Criciúma. Cerca de 150 profissionais que atuam na Companhia na cidade e estão com atividades paralisadas, já que entraram em greve na terça-feira (4).

“Estamos desde março tentando negociar com a empresa, e buscando um diálogo, tentando um acordo, mas sem sucesso. A empresa entregou uma pauta para nós retirando 12 direitos, que conquistamos ao longo dos ano em acordo coletivo. Estamos apenas tentando recuperar nossos direitos”, explica Genilson Teixeira Gomes, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC).

Conforme Gomes, os funcionários pedem o fim da terceirização da Casan. “A Casan avança diariamente com este processo [terceirização] e quem sofre é o trabalhador da ponta. Ainda estamos reivindicando para Casan a contratação de mais 400 funcionários para empresa. Estamos cobrando o chamamento das pessoas que passaram em concurso. Além disso, eles mexeram nos turnos de trabalhos”, ressalta.

A Companhia Catarinense afirmou que o atendimento das reivindicações pode gerar impacto financeiro na ordem de R$ 85 milhões por ano. E que tal valor pode refletir consideravelmente no orçamento da Casan. “Fizemos de tudo para tentar conversar. Eles colocaram que o impacto financeiro será de R$ 85 milhões e isso não existe. A nossa proposta não tem nem impacto financeiro. Tem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mas que não chega ao valor de R$ 85 milhões”, comenta.

Ainda não há uma reunião agendada entre a diretoria da Casan e o sindicato. “A gente espera que a diretoria se sensibilize. Que nos chamem para uma negociação e que venha realmente para negociar”, frisa. Atualmente, a Casan possui 2,7 mil funcionários em Santa Catarina.

O que a Casan diz?

A Comissão de Negociação Sindical está em diálogo com líderes sindicais desde 15 de março. Apenas o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de Santa Catarina (Sintaema-SC) não aceitou o novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2025. A Casan destaca que as demandas da categoria incluem questões econômico-financeiras, com um impacto anual de cerca de R$ 85 milhões, afetando seu orçamento em recuperação.

A empresa alega que isso comprometeria futuros investimentos necessários para cobrir déficits em contratos de programas e atender as metas do Marco Legal do Saneamento. Além disso, concedeu um reajuste salarial de 3,23% a partir de 1° de maio de 2024, baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aplicado à escala salarial atual, mantendo benefícios como auxílio-educação, plano de saúde e odontológico, horário flexível e comissões paritárias para novos pleitos.

Colaboração Rafaela Custódio, Portal Engeplus.