Novo ato é marcado pelo Sinte, que aguarda proposta do governo estadual

Da Redação

Os professores da rede de ensino de Santa Catarina continuam com as atividades paralisadas no Estado. A greve iniciou no último dia 23 de abril e o magistério catarinense aguarda uma proposta do governador Jorginho Mello (PL), que avisou que não dialoga com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) enquanto os profissionais não voltarem para as salas de aula.

“O governo de Santa Catarina mantém a mesma posição. Iniciamos a greve porque o governo não apresentava proposta. Além disso, continua desinformando a comunidade e apresentando números que não representam a realidade. Estamos dialogando com os deputados para tentarmos um diálogo de alguma maneira com o governo”, explica o coordenador do Sinte, Evandro Accadrolli.

Segundo o coordenador do Sinte, a categoria não encerrará a greve sem proposta. “Estamos há um longo período sem reajuste salarial. O governo diz que vai realizar concurso público, mas até agora não informou qual a data. Nós temos um ato agendado para esta quarta-feira, dia 8, às 14 horas, em Florianópolis. Estamos buscando essa proposta do Estado para podermos apresentar amanhã no ato”, comenta.

Accadrolli confirmou que muitos professores desistiram da greve. “Nós tivemos uma baixa na greve porque o governo adotou uma medida muito cruel, estamos discutindo isso nos tribunais, vamos discutir com o Ministério do Trabalho, pois a greve é legítima. O governo está aplicando multas de forma ilegal e está ameaçando os trabalhadores com faltas e demissões”, garante.

O que a categoria solicita?

Entre os pontos em destaque do magistério catarinense estão a valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis, a descompactação da tabela salarial, a revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias e a garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.

O que o Estado diz?

No último dia 28 de abril, o governador Jorginho Mello (PL), se pronunciou sobre as greves. Ele afirmou que pretende tomar ações para que a paralisação encerre. Em vídeo publicado em suas redes sociais, ele garantiu que determinou que a Secretaria de Educação desconte as faltas dos professores grevistas.

Conforme o governador, o Estado contratará novos professores para manter as aulas em Santa Catarina. “Vamos contratar imediatamente professores temporários para manter as salas de aula funcionando. Nosso salário é o maior da região Sul, mas ainda assim acho pouco, dada a importância que têm nossos professores. Desde o ano passado, estamos ouvindo e negociando com a categoria. Em 2023, tivemos vários avanços por iniciativa do Governo. Mas fazer tudo o que os sindicalistas pedem é impossível”, afirmou Mello. Colaboração Rafaela Custódio, Portal Engeplus.