Candidato à presidência da Coopera acusa abandono em obra de R$ 70 milhões

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Campanha para o comanda da cooperativa está sendo acirrada, com troca de acusações

Forquilhinha

A campanha para a presidência da Coopera está próxima do fim, e, após a denúncia de desvio de mais de R$ 1 milhão, outro tema relevante surge no cenário: a “PCH Boa Vista”, obra de geração de energia em construção em Lages, com investimento de R$ 70 milhões. O prazo para entrega, segundo o atual comando da Coopera, é de 90 dias.

O candidato à presidência, Ricardo Ximenes, contradiz a informação, alegando que, em sua recente visita ao local, encontrou a obra abandonada. Ele argumenta que a empresa contratada para a construção, apesar de ser sócia com 10%, não fez nenhum investimento, conforme as atas da Coopera.

Ximenes desafia o presidente Rogério Feller a mostrar os contratos assinados para a venda de energia, enquanto ressalta que a obra ainda tem tempo para gerar energia. A PCH Boa Vista, aprovada pelos cooperados em 2020, prometia estar pronta para entrega em 90 dias, com um investimento de R$ 70 milhões e retorno expressivo.

De acordo com o site da Coopera, a energia já foi adquirida em leilão público por empresas como CEMIG, COELBA e LIGHT, com contratos de venda por 20 anos, renováveis por mais 20 anos. O faturamento estimado é de R$ 600 mil mensais, totalizando R$ 288 milhões para a Coopera até o final dos contratos. A eleição para a presidência está marcada para 27 de janeiro, com a disputa entre Rogério Feller, candidato da situação, e Ricardo Ximenes, da oposição.