“Foi um ano ímpar, um ano bom de se trabalhar, porque é um ano que não se fala de política eleitoral”, avaliou

Criciúma

O ano de 2023 foi considerado “um ano ímpar” pelo prefeito Clésio Salvaro ao avaliar a gestão da Prefeitura de Criciúma. Segundo o chefe do Poder Executivo, os últimos 12 meses foram marcados por conquistas significativas e avanços em obras esperadas pelos cidadãos da cidade.

“Foi um ano ímpar, um ano bom de se trabalhar, porque é um ano que não se fala de política eleitoral. É um ano em que as atenções são voltadas para aquilo que interessa para o cidadão. Então, foi um ano muito bom, apesar de ter havido uma troca de governo no âmbito estadual e federal, onde temos muitos projetos que tramitam nessas esferas governamentais, mas mesmo assim foi um ano muito positivo’, afirmou o prefeito.

O prefeito destacou que a Prefeitura de Criciúma recebeu diversos prêmios, tanto em termos de inovação quanto em transparência. ‘Estamos entre as maiores cidades do Brasil. Criciúma configura-se entre as dez mais transparentes e a mais transparente de Santa Catarina entre as cidades com mais de 100 mil habitantes. Então, a gente avalia o término deste ano extremamente positivo. Com as contas em dia, nós não devemos absolutamente nada para ninguém”. Nem para os funcionários. Na quarta-feira (20), a administração de Salvaro pagou o salário de dezembro. “Pagamos a meritocracia para a Educação àqueles que atingiram as metas, o que representa 75% do salário dos professores. E não está sobrando dinheiro, mas o que nós temos, é muito bem controlado, o suficiente para cumprir com todos os compromissos que estamos assumindo com a comunidade’, frisou.

Além disso, o Município de Criciúma lançará no próximo dia 27 o projeto de construção de uma usina fotovoltaica. A estrutura será montada ao lado do Parque dos Imigrantes no Rio Maina. De acordo com o prefeito Clésio Salvaro, a usina terá a função de abastecer todas as escolas do município e os 100 carros elétricos que irão modernizar a frota a partir do próximo ano.”

Política

Sobre a eleição municipal de 2024, Salvaro, que não poderá concorrer à mais uma reeleição, destacou a importância desse momento para a população avaliar a continuidade do governo. “É um ano de eleição municipal, onde a população vai poder avaliar o governo. O cidadão tem a oportunidade de escolher quem pode dar continuidade ao trabalho do governo ou para mudar o ritmo do governo. Não acredito que haverá nacionalização no município”, observou.

Ao abordar sua possível interferência nas eleições e seu apoio a candidatos, o prefeito foi claro em suas palavras. ‘Pode ser o Arleu ou pode ser outro candidato. Para esse debate existe um código do processo eleitoral, que inclusive tem o prazo das convenções, e é neste momento que vamos fazer esse debate de quem é o candidato do governo’, declarou.

Em relação ao secretário Arleu, o prefeito esclareceu a sua presença no Acelera, destacando sua competência e conhecimento. “Eu sei que tem muita gente que fala que o Acélio foi o candidato a deputado mais votado da história de Criciúma e que por isso deveria ser o candidato. Eles esquecem que o Acélio ficou em evidência dois anos por conta da pandemia. Esquecem que ele ficou nessa condição porque o prefeito permitiu e esquecem que ele, na campanha teve um grupo com ele. O Arleu foi para o Acelera não porque é pré-candidato, ele foi porque ele é preparado. Ele conhece a cidade e entende muito de gestão”.

Salvaro enfatizou a importância da escolha consciente da população para os próximos quatro anos. Ele questionou que tipo de governo a população deseja, destacando a diferença em sua abordagem administrativa. “Que governo queremos? Um prefeito que faz obra porque tem cabo eleitoral? Nós víamos isso. O prefeito fazia pavimentação de rua porque tinha cabo eleitoral, mas isso é do passado”, afirmou.

Expressando sua preocupação, o prefeito manifestou receio de que um candidato vença a eleição colocando os interesses partidários acima do bem-estar municipal. “É o eleitor que vai escolher qual é o governo que ele quer, aquele do passado, aquele do partido, que antes da cidade e das pessoas coloca o partido em primeiro lugar, aquele que antes da cidade e das pessoas coloca o seu cabo eleitoral ou o cidadão vai escolher aquele que governa para todos. Aquele que coloca a cadeira de prefeito maior do que ele”, comentou.

Questionado sobre seus planos após encerrar seu mandato, o prefeito expressou sua prontidão. “Eu estou pronto. Tenho que cuidar das empresas da família, preciso fazer isso também. Sairei com a consciência tranquila e a cabeça erguida”.

Vida pessoal

O prefeito, ao falar sobre sua relação com o Natal, compartilhou memórias de sua infância. “Eu me lembro da minha mãe pegando um pedaço de palmeira, de uma árvore e fincando no gramado. Nós íamos no mato pegar barba de velho para enfeitar a árvore e ao final do Natal as bolas e os enfeites eram guardados para o ano seguinte. Ganhávamos nosso carrinho, nossa bola, as irmãs as bonecas. Eu tive uma infância muito rica e guardo com muito carinho até hoje e esse significado do Natal eu procuro manter na minha casa’, ressaltou.

O prefeito, que aguarda ansiosamente para se tornar avô, assegurou que não será o neto que irá deixá-lo com o coração mole. “Mas quem disse que eu tenho coração duro. As pessoas têm essa imagem, dizem por aí que o Clésio é muito duro. Eu sou firme sim com os vadios, com quem não gosta de trabalhar, mas sou muito humano”, afirmou Salvaro.

Sobre seu legado, o prefeito destacou que não será lembrado apenas como o prefeito dos parques. “Eu acho que fiz muitas obras. Coisas boas como, por exemplo, a macrodrenagem. Eu investi muito mais nestas obras que não aparecem, como o canal auxiliar, do que nos parques, mas claro que eles são obras que aparecem”, ponderou.

Olhando para o futuro, Salvaro garantiu que, após cumprir o mandato de prefeito, será um cidadão comum em Criciúma. “Eu só quero que aquele para quem eu trabalhe dê continuidade e não diminua o governo que o elegeu, que seja o da gratidão. Eu sou grato, eu estou ocupando esta cadeira de prefeito porque o governo que me antecedeu me fez prefeito. E que dê continuidade, só isso. Que não procure justificar a sua incompetência procurando um culpado, é assim que funciona. O prefeito Clésio Salvaro será prefeito até o dia 31 de dezembro de 2024, depois, eu serei apenas um cidadão entre os 240 mil moradores dessa cidade, entre os 158 mil eleitores, eu serei apenas mais um. Nada de cargos, nada de fiscal, absolutamente nada. Apenas ser um contribuinte para essa cidade’, pontuou.