Atualmente cerca de 30 alunos participam de aulas semanais de canto coral na entidade
Cocal do Sul
O maestro Jaime De Brida tem uma relação estreita com a Apae Cocal do Sul desde 1993, quando participou do lançamento da pedra fundamental da instituição. Em 1999, iniciou aulas de canto coral e música para os alunos. “Quando chegaram os primeiros dez ou quinze alunos, eu comecei. Não me lembro a data exata, mas faz bastante tempo. Teve uma época, que realizamos o trabalho com 30 flautas doce e juntos, cada um da sua maneira, nos apresentamos na Praça”, relembra.
Ele destaca que o coral da Apae é especial: “Aqui cada um canta com a sua voz e com o coração. Não há vontade de ser melhor que o outro ou se destacar. É por amor. Cada um do seu jeito. Já tive muitos corais, mas para mim, até hoje, o que mais me marcou e mais está me ajudando é este. A Apae é minha família. Comecei há muitos anos aqui, mas sempre procurando fazer o melhor”.
Após se afastar devido a problemas de saúde agravados pela pandemia, Seu Jaime retornou às aulas, sendo recebido com carinho pelos alunos. “Não tem remédio melhor que isso. Tomo vários medicamentos, mas nenhum me deixa melhor que estar aqui com eles”, diz ele.
A aluna Ana Clara tem paixão pela música. Ela começou aos 8 anos, tocando a gaita do avô. “Eu via ele tocando e ficava encantada. Queria pegar, mas ele tinha ciúme. Então, quando ele ia para a roça, eu pulava a janela, pegava a gaita e tocava, enquanto minha irmã vigiava para avisar quando o nosso avô estava voltando. Aprendi sozinha”, recorda.
Muitos músicos locais aprenderam com o maestro, que também compôs melodias para hinos locais. Mesmo com a idade avançada e desafios de saúde, ele pretende continuar contribuindo com os alunos da Apae.