Secretaria de Saúde orienta que população por causa da alta quantidade de pacientes nas unidades
Criciúma
Por conta do tempo de espera por um atendimento na Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA) do Rio Maina houve muita reclamação da população e a resposta que veio é: o alto número de pessoas procurando por um médico causa filas e há pacientes que esperam por mais de quatro horas para conseguir se consultar. A Secretaria de Saúde de Criciúma argumenta que a demora ocorre por conta da quantidade de pessoas que vão até a UPA sem que estejam necessitando de atendimento de urgência.
A população deve ir à UPA somente em casos de urgência e emergência. Teve paciente que chegou ontem às 10 horas e só às 14h30 foi atendido.
O secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, apresentou dados que mostram que a maioria dos atendimentos realizados nas UPAs são de casos não urgentes. “Em fevereiro foram mais de 18 mil atendimentos nas UPAs. Nosso levantamento mostrou que 70% desses atendimentos não são foram de pacientes urgentes”, afirmou.
A orientação é para que as pessoas que não estejam em situação de emergência procurem primeiro o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. “A UPA é para casos urgentes. A gente precisa orientar isso para as pessoas. Se não for urgente, a porta de entrada para o sistema básico de saúde são as UBS nos bairros”, ressaltou.
Ainda de acordo com o secretário, o tempo médio para iniciar atendimento de pessoas que procuram a UPA e que são classificadas como pacientes urgentes é de 12 minutos. “Quem não for urgente, infelizmente vai ter que esperar. E daí fica na fila uma, duas, três horas. Já aqueles que estavam em situação urgente e foram atendidos apontaram uma satisfação de 94% no atendimento quer recebeu”, confirmou Casagrande.
Na UPA do bairro Próspera são quatro médicos realizando atendimentos. Na unidade do Rio Maina são outros três. O secretário aponta que a quantidade de profissionais é suficiente para atender a demanda à qual a UPA se propõe.
“O contrato das UPAs são para atender 6 mil pessoas por mês. Esses médicos conseguem atender isso, mas o número está muito superior por conta dos atendimentos que não são urgentes”, reforçou Casagrande. A expectativa é de que a quantidade de consultas no UPAs da cidade no mês de março, dados que ainda serão calculados, ultrapasse 20 mil atendimentos. Colaboração Lucas Renan Domingos, Portal Engeplus.