Jorginho Mello destacou a força do cooperativismo catarinense e a pujança do agronegócio
Da Redação
O Governo do Estado investirá R$ 114,7 milhões para aumentar a produtividade nas lavouras e a diversificação de culturas em Santa Catarina. O Programa Terra Boa terá o maior volume de recursos da sua história para apoiar a aquisição de sementes de milho, calcário e kits para melhoria de pastagens e do solo, além do incentivo à apicultura, à meliponicultura e ao cultivo de cereais de inverno. O governador Jorginho Mello e o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Valdir Colatto, lançaram o Terra Boa durante a abertura oficial da Itaipu Rural Show, ontem (15), em Pinhalzinho.
Durante seu discurso, Jorginho Mello destacou a força do cooperativismo catarinense e a pujança do agronegócio. “O Governo do Estado será um grande parceiro de quem trabalha e produz. Somos um povo aguerrido, que trabalha e se reinventa. Santa Catarina dá exemplo para todo o país”.
Em sua nova edição, o Terra Boa terá ainda mais recursos disponíveis, serão 37% a mais do que o investido no último ano. O Programa irá incentivar a aquisição de 200 mil sacas de sementes de milho; 430 mil toneladas de calcário; 4.500 kits forrageira; 1.200 kits apicultura; dois mil kits solo saudável e apoiará o cultivo de até 10 mil hectares de cereais de inverno, que serão destinados para a produção de ração animal.
“O Terra Boa este ano terá um investimento ainda maior, serão quase R$ 115 milhões em recursos para incentivar os agricultores familiares de Santa Catarina. A agricultura catarinense tem um modelo diferenciado, um modelo que precisa de cuidados especiais. Dentro da porteira o nosso agricultor é extremamente eficiente por isso nossos produtos chegam a centenas de países mundo a fora. Fora da porteira, nós precisamos ajudar na desburocratização, na melhoria das estradas rurais, da energia elétrica e no fornecimento de internet de qualidade. Vamos reconhecer e trabalhar para que o agricultor seja valorizado e para dar visibilidade ao trabalho dos homens e mulheres do campo”, ressalta o secretário da Agricultura, Valdir Colatto.
Segundo o presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Luiz Vicente Suzin, o Terra Boa é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do cooperativismo e do agronegócio catarinense.
Incentivo à produção de milho
Um dos maiores objetivos do Programa é incentivar a produção de milho em Santa Catarina para abastecer as cadeias produtivas de carnes e leite. O estado é um dos maiores importadores do grão no Brasil e a intenção é diminuir essa dependência externa e os custos de produção de proteína animal.
Com o Terra Boa, o agricultor pode acessar sementes de milho de alto valor genético, o que gera um rendimento maior por hectare plantado. Cada produtor pode receber até cinco sacos de semente e devolverá em equivalente de sacos de milho no próximo ano, com o produto da colheita. A variedade da semente e o nível tecnológico definem a proporção de troca.
Calcário e kits
Cada agricultor poderá retirar nas cooperativas até 30 toneladas de calcário e devolverá no próximo ano com o resultado da colheita. Caso opte por retirar o calcário nas empresas mineradoras, o produto é gratuito.
Os kits forrageiras são formados por mais de 80 produtos, definidos a partir de um projeto técnico elaborado pela Epagri, e será repassado o valor de R$ 2,6 mil. O produtor pode pagar o investimento em três parcelas anuais, sem juros. Caso opte em fazer um pagamento único, no vencimento da primeira parcela, terá um desconto de 30% sobre o valor da segunda parcela e de 60% sobre o valor da terceira.
O kit apicultura tem o valor de R$ 2,6 mil e o produtor terá dois anos de prazo para pagamento, com parcelas anuais e sem juros. Caso o produtor optar em adiantar o pagamento da segunda parcela para a mesma data de vencimento da primeira, este terá um desconto de 60% sobre o valor da segunda parcela. O Terra Boa contempla ainda o fornecimento de abelhas rainhas.
O kit solo saudável tem também valor de R$ 2,6 mil e o produtor terá dois anos de prazo para pagamento, com parcelas anuais e sem juros, ou caso o produtor optar em adiantar o pagamento da segunda parcela para a mesma data de vencimento da primeira, este terá um desconto de 60% sobre o valor da segunda parcela.
E ainda, a secretaria aumentou o subsídio dado aos produtores que optarem por cultivar cereais de inverno destinados à fabricação de ração. Cada agricultor receberá R$ 350 por hectare efetivamente plantado, num limite de até 10 hectares.