Previsão atual é de que os serviços sejam concluídos até abril para o início dos atendimentos

Içara

Mais de 80% das obras de construção do prédio que abrigará novos serviços no Hospital São Donato já foram concluídos, mas não será possível a finalização ainda este mês como estava previsto. O novo prazo estima a entrega para abril, para o início dos atendimentos.

“Houve atrasos em razão de alguns contratempos e adequações ao projeto, que já foram superados. As estativas, os focos de teto das salas de cirurgia são complementos que precisam ser colocados junto com a base de construção. Muito provavelmente, até o final de abril ou início de maio já estaremos fazendo os atendimentos na nova estrutura”, detalha o diretor administrativo da unidade hospitalar de Içara, Júlio Cesar De Luca.

Segundo ele, os equipamentos, à exceção dos aparelhos de ressonância magnética, de tomografia e de ultrassom, já chegaram ao hospital, para ir para a obra. O funcionamento da ressonância, no entanto, vai demandar um pouco mais de tempo, pois ainda será necessário fazer o treinamento de pessoal, capacitação que deve durar entre 30 e 60 dias.

Já a hemodiálise poderá iniciar com atendimentos por convênio e particulares, até que ocorra o credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Atualmente, 40 pessoas em Içara que precisam desse procedimento são atendidas em Criciúma. Com a clínica no São Donato, esse atendimento poderá ser feito aqui, com a capacidade de atender até 15 pacientes simultaneamente”, ressalta Júlio.

Serviços

O novo prédio contará com centro cirúrgico, sendo uma sala exclusiva aos procedimentos em ortopedia e três de cirurgia geral. Para acolher esses pacientes, terá também 16 leitos. Com isso, na estrutura antiga serão realizadas as cirurgias/dia, nas especialidades de oftalmologia e otorrinolaringologia, e será possível ampliar a capacidade de atendimento na obstetrícia, de cesáreas e cirurgias ginecológicas.

Além disso, abrigará um centro de imagens com ultrassom, mamografia, duas tomografias, ressonância magnética, e a clínica de hemodiálise. “São R$ 19,5 milhões para a compra de equipamentos e R$ 16 milhões para a estrutura do prédio, mas com o que vamos implementar, como móveis e subestação de energia, transporte do oxigênio, o investimento pode chegar a R$ 40 milhões”, aponta Júlio.

“Vejo essa obra como um presente para Içara e região. Será de suma importância para ajudar essas comunidades. Teremos a possibilidade de oferecer o melhor em termos de aparelhos e resolução de diagnósticos”, enaltece Valmor da Silva, presidente do hospital.

Mais obras

Em paralelo à construção do prédio, são promovidas outras melhorias, como a edificação do espaço onde ficará o aparelho de ressonância magnética, não contemplado no projeto original e que exigiu investimento próprio de R$ 1 milhão. Também a transferência da subestação de energia para o local onde era a praça Adélia Rizzieri.

Além disso, é realizada a readequação em três pisos da estrutura atual, área que será conectada ao novo prédio e vai concentrar a parte administrativa, a farmácia e os leitos de internação em pavimentos diferentes. Com investimento aproximado de R$ 1,6 milhão, os leitos clínicos também passam por reformas. No primeiro caso, a previsão é concluir os serviços em 60 dias, enquanto a reforma deve se estender por 90 dias.

Outro patamar

O conjunto de melhorias fará a unidade hospitalar de Içara alcançar mais um patamar na escalada de crescimento consolidada nos últimos anos. De uma situação pré-falimentar, com dívidas acumuladas de pessoal e impostos, o HSD conseguiu equilibrar as finanças, manter os serviços e tornar-se referência. “O Hospital São Donato foi fundamental para o sistema na pandemia de coronavírus. Foi o primeiro hospital da região a aceitar um paciente com covid”, lembra Júlio.

“A grande transformação veio com a continuidade, com todos os presidentes dando a sua contribuição para melhorar e retirar várias pedras do caminho. Claro, com a ajuda e o trabalho de muitas pessoas e o acompanhamento e vigilância constante do conselho. Queremos que as próximas administrações não tenham tantas dificuldades e possam executar os projetos”, acrescenta Valmor.

Atualmente, o hospital é classificado como nível 3 na Política Hospitalar Catarinense, que define a destinação de recursos para a realização dos atendimentos. Nesse patamar, pode receber até R$ 400 mil mensalmente do Estado (devido à linha de corte, recebe R$ 270 mil). “Já temos pontos suficientes para passar ao nível 4”, informa Júlio. Obtendo essa reclassificação, o teto da PHC passará a R$ 1 milhão, com a perspectiva de receber R$ 600 mil ao mês se a linha de corte for mantida. Ao todo, o HSD tem 250 colaboradores, 180 médicos e conta também com prestadores de serviços terceirizados. Colaboração Andréia Limas, Canal Içara.