Reunião ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a participação dos 27 chefes estaduais ou representantes do país

Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na noite de segunda-feira (9), com os 27 governadores ou representantes dos Executivos estaduais do país. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto. O compromisso, no dia após atos de vandalismo registrados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, serviu mesmo para discursos e a manutenção da repressão do que os políticos no poder hoje chamam de atos antidemocráticos.

Este foi também o primeiro encontro que Lula tem com os chefes estaduais desde que tomou posse, em 1º de janeiro, em seu terceiro mandato à frente da Presidência da República. Inicialmente, a primeira reunião com os governadores ocorreria apenas em 27 de janeiro, e a agenda ainda está mantida.

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não marcou presença no encontro. No domingo (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do cargo por, inicialmente, 90 dias. No lugar de Ibaneis, na reunião desta segunda, está a vice-governadora Celina Leão (PP), que assumiu o comando do governo do DF.

Pelo STF, a presidência da Corte, Rosa Weber, e os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso também acompanham a reunião.

Nos atos de vandalismo de domingo, manifestantes invadiram e depredaram os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, na Praça dos Três Poderes. Em resposta aos atos, Lula decretou intervenção federal para assumir o controle da segurança pública do Distrito Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse ontem que 1,5 mil pessoas foram detidas ou presas até esta tarde. Segundo o ministro, 209 prisões ocorreram em flagrante. Outros 1,2 mil bolsonaristas estão sendo ouvidos. De acordo com Dino, 10 estados enviarão 500 homens de outras forças de segurança para compor a Força Nacional, que, atualmente, dispõe de pouco mais de 300 agentes.

Os chefes dos Três Poderes divulgaram uma nota conjunta em que dizem “rejeitar” os atos de domingo e pediram à população a “defesa da paz e da democracia”.

Jorginho Mello realiza ações em favor da ordem em SC

Jorginho Mello, através das Forças de Segurança, desde domingo, 8, está acompanhando as movimentações, iniciadas em Brasília e que têm reflexo no nosso Estado. Ontem (9), o governador catarinense reuniu o Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina e determinou a preservação da ordem pública, em respeitos às leis constitucionais e das medidas recentemente editadas de nível federal.

Operacionalmente, a Polícia Militar de Santa Catarina monitora todos os pontos onde existe a possibilidade de alguma ação dos manifestantes. Através da Sala de Situação do Comando-Geral da PMSC, sediado em Florianópolis, as operações estão sendo coordenadas.

Até o momento a situação é de tranquilidade em todos os pontos e os comandantes regionais da corporação estão orientados para tomarem as medidas legais e cabíveis. Existe uma negociação com os manifestantes para retiradas de barracas, utensílios e materiais que possam ter em volta dos locais ocupados. Até o momento tudo feito de forma tranquila e ordeira.

Ontem também, Jorginho Mello esteve em Brasília para participar com outros governadores da reunião sobre o ocorrido na Capital Federal no domingo (8).