“Intervenção é inconstitucional”, lembra Jessé
Reeleito para seu segundo mandato na Alesc, o deputado Jessé Lopes não esconde a frustração com o resultado do segundo turno das eleições. “Claro que isso frustrou porque era nosso grande objetivo. Trabalhamos para reeleger Bolsonaro. Apesar do outro candidato estar envolvido em casos de corrupção, apesar dele ter sido preso, a maioria da população o escolheu. Lamento muito isso”, resume. Durante entrevista à Massa FM, Jessé explicou porque não tem participado dos protestos. “Atos cívicos, manifestações eu fui a todos. Estes eu não tenho ido porque eles são inconstitucionais. Não vou pedir intervenção militar porque não vai acontecer e não vai acontecer porque ela é inconstitucional. Eu entendo a indignação das pessoas, mas não concordo com a pauta”.
Outras ações
Jessé defende, sim, outras ações. “Uma investigação detalhada das urnas, uma CPI para apurar a atuação do TSE e o impeachment do Alexandre de Moraes são pautas que devem sim ser defendidas. Acredito inclusive que sejam mais viáveis”. O deputado também aguarda por um relatório do Ministério da Defesa. “Se eles verificaram provas consistentes de que houve alguma irregularidade o resultado da eleição pode ser questionado, caso contrário não”.
Primeiro encontro
Representantes do Governo do Estado e do governador eleito, Jorginho Mello, realizaram na segunda-feira, 7, a primeira reunião das equipes de transição. No encontro, que ocorreu no Centro Administrativo de Santa Catarina, foram anunciados os 14 nomes indicados pela futura gestão para compor o grupo, que serão publicados no Diário Oficial do Estado. Em entrevista à imprensa, o coordenador do governo de transição, Moisés Diersmann, informou que aguardará a publicação dos nomes para, a partir desta terça-feira, 8, convocar a equipe de transição. “Neste mês de novembro, o foco está em obter as informações gerais para que, a partir de dezembro, quando começar a definição do futuro secretariado, possamos fazer as devidas conexões dentro de cada pasta”, ressalta.
Em Brasília
Entre as promessas de campanha e a realidade do Brasil há um abismo a ser transposto desde ontem pela equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), que vai comandar o time que começa a trabalhar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ao longo da semana, o “Diário Oficial da União” trará os nomes dos políticos e técnicos que vão preencher os 50 cargos provisórios destinados pela legislação à equipe do governo eleito.
Crise
O volume de famílias com contas atrasadas no país subiu em outubro e atingiu a maior taxa anual em seis anos, revelou ontem (7) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira pela CNC, a proporção de famílias inadimplentes ficou em 30,3% em no mês passado, alta de 0,3 ponto percentual em relação a setembro, e de 4,6 pontos em relação a outubro do ano passado.
Plano 1000
Ministério Público de Santa Catarina orientou o Governador Carlos Moisés a suspender imediatamente o repasse do Plano Mil. O documento com 26 páginas é assinado pelo procurador geral de Justiça, Fernando Comin, pelo subprocurador geral, Fábio Trajano, e pelo coordenador do Ceccon (Centro de Apoio Operacional do Controle de Constitucionalidade), Durval Amorim. Avaliação é de que a emenda constitucional que autorizou os repasses é ilegal’.