Polícias Militar e Civil disseram o dia foi tranquilo apesar destes problemas pontuais
Criciúma
Duas denúncias de compra de votos foram registradas no domingo (2), na Escola Professor Francisco Skrabski, no Bairro Brasília, em Criciúma. A Polícia Militar foi acionada para atender as ocorrências. “Nós recebemos duas denúncias de fiscais de partidos sobre a tentativa de compra de votos, porém quando as guarnições da PM chegaram, os criminosos já não estavam mais”, explica Samira de Moraes José, delegada do prédio. Poucos eleitores estavam na escola naquele momento.
Boca de urna
A Polícia registrou ainda cinco casos de boca de urna. O primeiro deles em frente da Escola Prof. Clotildes Maria Martins Lalau, no bairro Renascer, em Criciúma, onde um homem, de 38 anos, estaria praticando o crime. De acordo com testemunhas, ele estava com panfletos e pedindo para os eleitores votarem em um determinado candidato a presidente da república. A Polícia Militar foi acionada e confirmou a irregularidade.
Houve outro registro no bairro Operária Nova. Uma senhora estaria fazendo panfletagem de candidatos a deputado estadual e federal. Com ela, foram encontrados R$ 770 em espécie. O veículo da eleitora estava em frente a uma escola. Diante dos fatos, um termo circunstanciado foi confeccionado. Ainda, a Polícia Militar recolheu parte dos materiais, uma vez que o carro estava com inúmeros panfletos. Segundo a guarnição, os fatos foram reportados ao cartório eleitoral – Zona 98. O Juiz Eleitoral também foi comunicado.
Diante dos fatos foi confeccionado pela Polícia Militar um Termo Circunstanciado contra o homem. A ocorrência será repassada ao Cartório Eleitoral da 10ª zona e comunicada ao Juiz eleitoral.
Outra ocorrência do gênero aconteceu no Centro de Forquilhinha, onde, por volta das 11h, conforme a Polícia Militar, uma mulher estava distribuindo “colinhas” aos eleitores. Um boletim de ocorrência foi registrado. Os fatos foram reportados ao Cartório Eleitoral da 98ª Zona e ao juiz responsável.
Segundo o delegado Ulisses Gabriel, houveram duas ocorrências nos municípios de Urussanga, Cocal do Sul e Morro da Fumaça, envolvendo santinhos jogados no chão. “Os policiais estão identificando câmeras para verificar quais foram os responsáveis por esse crime eleitoral”, comenta.
No mais, clima foi tranquilo. “Temos atuado de forma preventiva e repressiva junto à Justiça Eleitoral neste sentido”, acrescenta o delegado.
Brasil teve 663 registros crimes eleitorais e 250 prisões
Pelo balanço da Operação Eleições 2022 divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) contabilizou 663 crimes eleitorais e 250 prisões no domingo (2). Foram apreendidos, com suspeitos, R$ 1,947 milhão; e 11 armas.
Dos crimes flagrados, 149 foram de crime de boca de urna; e 127 por compra de votos/corrupção eleitoral. Houve também 18 casos de pessoas que violaram ou tentaram violar o sigilo do voto. Segundo o ministério, houve 27 registros de transporte irregular de eleitores.
O Paraná é o estado com maior número de registros de crimes eleitorais, com um total de 71 registros. Em segundo lugar está Goiás, com 61 casos, seguido de Acre (47). Minas Gerais e Rio de Janeiro registraram 43 casos cada um, e o Pará registrou outros 41 casos de crimes eleitorais.
O ranking de prisões também é liderado pelo Paraná, com 33 casos. Pará e Paraíba registraram 25 prisões cada, seguidos do Amazonas (23), do Amapá (21) e de Minas Gerais (21).
Dos 67 casos de crimes comuns cometidos em locais de votação, 59 foram contra candidatos. Deste total, 24 foram cometidos no Rio de Janeiro. Em segundo lugar está Goiás, com seis casos; e a Paraíba, com quatro.