Candidato diz que tem como bandeira a revogação da reforma trabalhista e a revisão da reforma previdenciária
Içara
Único candidato do PT a uma vaga na Câmara dos Deputados na região, o içarense Daniel Loch tem percorrido os municípios do Sul em busca de voto. Segundo ele, apesar do curto tempo de campanha, o retorno tem sido positivo. “O que se percebe muito diferente da eleição passada é um desejo maior das pessoas de ir às urnas e digitar o 13, votar no Lula para transformar o Brasil”, explica. Ele reconhece que em Santa Catarina o PT e seu candidato à presidência não estão na liderança. “Mas o desejo de voto no PT dobrou em relação ao ano passado. E uma das minhas estratégias tem sido essa. Eu tenho deixado muito claro que sou o candidato do Lula na região para uma vaga em Brasília”, comenta.
Segundo Daniel entre as bandeiras defendidas neste período eleitoral estão a revogação da reforma trabalhista e a revisão da reforma previdenciária. “Além do fim do orçamento secreto que tirou o dinheiro de políticas públicas para fortalecer os cabos eleitorais nos estados, somos contra porque isso não é uma forma justa de política pública. E também temos a defesa pelo fim do teto de gastos. Precisamos de políticas públicas e para isso é preciso mexer nestes temas”.
O petista ressalta também a necessidade de um olhar diferenciado para a saúde e para a educação. “As pessoas precisam de um acesso a uma saúde digna. Na educação nós temos mais alunos nos institutos federais e nas universidades, mas o recurso reduziu. Inverteram a lógica e isso penaliza quem mais precisa”, comenta Daniel, que também leva a agricultura familiar na sua pauta. “Eu sou oriundo desse setor. Essa categoria precisa de acesso a financiamento facilitado para produzir alimentos. Muita gente que atuava na produção de hortaliças, feijão e outros alimentos migraram para outras produções menos custosas. Eles estão sem apoio e assim, vão gradativamente esvaziando essa atividade”.
Ele ressalta que também é preciso lutar para levar para a Câmara uma voz na defesa dos idosos. “Em breve essa será a maior parcela da população. Temos que reconhecer a profissão de cuidador de idoso, criar lei para proteger estes profissionais e implantar ações e leis que garantam que nesta fase da vida, os brasileiros possam ter acesso a serviços que lhes garantam dignidade e segurança”.
Ainda com relação as leis trabalhistas, Daniel defende que o Congresso crie uma legislação específica para os mais de 1 milhão de pessoas que atuam como motoristas de aplicativo. “Eles não tem qualquer direito, qualquer segurança. Estou falando do básico. Então, chegando a Brasília, eu vou atuar na defesa desta classe”.
