Comin volta ao pleito após ser derrotado em 2018

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“A gente aprende mesmo é quando apanha”, confessa o ex-deputado estadual que quer a vaga deste ano

Criciúma

Depois de cinco mandatos consecutivos como deputado estadual, o progressista Valmir Comin acabou derrotado nas urnas em 2018. Um resultado, segundo ele mesmo, que serviu de aprendizado. “A gente aprende mesmo é quando apanha. Eu confesso que estava sentindo que iria perder e veio aquela onda que foi um negócio assustador, mas aprendi bastante”, conta. Depois de três anos afastado do processo, cuidando apenas de assuntos institucionais do partido e de sua vida empresarial, Comin está de volta ao processo político.

“No começo, quando fiquei sem mandato, eu me senti um cachorro que caiu da mudança, mas depois eu me adaptei, voltei a cuidar dos negócios da família e, sinceramente, não pensava mais em voltar. Continuei atuando na articulação do partido, que é algo muito importante, e agora me surgiu este convite”, resume o ex-deputado, que enxerga uma lacuna a ser preenchida na região.

“Sou o único pré-candidato do PP a deputado federal em todo o Sul. Precisamos preencher essa lacuna. O Partido Progressista do Sul do Estado sempre teve um federal e três estaduais. É hora de retomar essa representatividade. Torço para que o eleitor siga votando em gente da nossa região porque isso aumenta nossa força e consequentemente traz mais benefícios para a região”.

Comin admite que o fato de estar voltando ao cenário dificulta um pouco mais o seu desafio, mas confia na lista de serviços prestados para encantar o eleitor. “As pesquisas mostram que o eleitor não quer mais se aventurar, quer chão firme e por isso não acredito em uma nova onda. Eu tenho uma longa ficha de serviços prestados à região como deputado Estadual e como secretário de Estado. Tenho história para ser mostrada ao eleitor e isso deve amenizar um pouco essa dificuldade natural que terei pelo tempo afastado do processo político de Santa Catarina”.

O ex-deputado também já definiu as bandeiras que pretende defender, caso garanta um mandato em Brasília. “Eu tenho duas pautas bem definidas. Uma delas está voltada a educação. Sempre defendi a bolsa de estudos para os universitários, mas cada vez me convenço mais que é fundamental investir na base. Preparar bem os jovens desde a creche e no ensino médio vocacioná-lo. Quando ele tiver uma profissão vai acabar indo para a Faculdade e vai pagar a mensalidade com as próprias pernas, vai ter emprego. Isso precisa ser feito logo para que as novas gerações não enfrentem as dificuldades que se vê atualmente”, pondera.

Na outra ponta o ex-deputado defende a criação de novas políticas para o idosos em todo o Brasil. “Em Santa Catarina, em sete anos, vamos ter mais de 3 milhões de idosos. Precisamos nos preparar para estas pessoas. Eles são um nicho importante da economia que precisa ser visto assim. Eles vão consumir, viajar e contratar cada vez mais serviços. Temos que pensar nos idosos como uma alavanca econômica e não apenas como um peso. Temos que pensar em cidades planejadas, temos que criar políticas de defesa sim, mas temos que pensar neles como uma força da economia”.

O deputado, que concedeu entrevista ontem à Massa FM, também ressaltou que o PP terá sim candidato ao Governo de Santa Catarina. “No dia 23 temos a nossa convenção na Capital e vamos homologar o nome do Esperidião como nosso candidato ao governo. Temos certeza de que, pela história que tem o nosso ex-governador, vamos brigar pelo comando de Santa Catarina. Estamos negociando com outras legendas, buscando apoio. Conversamos bastante com o PSDB, mas eles estão divididos. Vamos ter governador e as composições vão se arrumando”.