“Bolsonaro mudou tudo para pior e decepcionou os eleitores”, afirma Célio Elias

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Vereador e sindicalista busca uma vaga na Alesc, e avalia um cenário positivo para a esquerda em Santa Catarina

Da Redação

Com a chapa majoritária encaminhada, o Partido dos Trabalhadores se movimenta nos bastidores para tentar mudar sua sorte no processo eleitoral de Santa Catarina. E a aposta de quem milita no partido é que o cenário está positivo. “O momento é favorável porque as pessoas se decepcionaram com a tal onda da mudança. Bolsonaro foi eleito com essa promessa de mudança e de fato ele mudou. Mudou tudo para pior. A situação das pessoas está cada vez mais complicada. O trabalhador não consegue comprar mais nada e vê seu poder de compra encolher a cada dia.  Vamos para a campanha mostrar que é possível mudar isso”, aposta Célio Elias. O presidente da Câmara de Vereadores de Forquilhinha é pré-candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa de Santa Catarina pelo PT.

Apesar de acreditar em um desempenho surpreendente da chapa formada por Décio Lima e Gelson Merísio, do Solidariedade, Elias já não aposta mais em uma ampla aliança de esquerda. “Tivemos uma surpresa recente que é esse movimento do PSB do Senador Dário Berger e do PDT de Manoel Dias que estão dando indicativos de que não seguirão conosco. De todo modo estamos trabalhando com outras siglas e nos preparando para chegar com força a eleição”.

Para Célio Elias, o desempenho da esquerda em Santa Catarina vai depender do desempenho do PT no cenário nacional. “O eleitor enxerga no presidente Lula a chance de retornar ao período de crescimento, de pleno emprego e de salários que permitiram uma melhoria na qualidade de vida. Por isso Lula é o favorito. Acredito que ele vem para vencer no primeiro turno e que isso vai impulsionar o PT de Santa Catarina ao segundo turno do governo por aqui. O trabalho é neste sentido”.

Dividido entre a pré-campanha e a gestão do legislativo de Forquilhinha, Célio Elias afirma que vai para o processo eleitoral sem se preocupar com uma bandeira. “Não gosto desta proposta de ter uma bandeira. Acho que tenho que ser candidato e tenho que ser deputado para resolver todos os problemas. O que mais atrapalha a vida das pessoas precisa ser atacado, então não tem uma bandeira que vou levantar”, adianta Célio, que admite no entanto que sua atuação sindical vai pesar na hora do processo. “As questões que envolvem o trabalhador são um tema que eu tenho muita ligação pela minha atuação no sindicato e é evidente que essa é uma preocupação, deixar em debate assuntos ligados a geração de emprego e renda. Estou trabalhando forte, mobilizando a militância para que o Partido dos Trabalhadores da Amrec volte a ter representação na Assembleia”.