Na briga pelo voto em outubro, governador está sendo cercado por adversários

Da Redação

É tão certo que as redes sociais vão ser usadas pra buscar voto como para tirar votos, e nada mais apropriado que o alvo seja os que podem encabeçar as pesquisas de intenção de voto. Neste momento, ainda sem pesquisa catarinense, o maior crítico do governador Carlos Moisés da Silva (Republicanos) nas redes sociais é o ex-governador Raimundo Colombo (PSD).

E para rebater as críticas, Moisés também está usando as redes sociais. Via Twitter ele postou uma informação sobre um empréstimo que teria sido feito por Colombo no ano de 2013. O governador, sem citar nomes, disse: “Quando você estiver pra baixo achando que todas as suas decisões prejudicam o futuro de R$ 3,00 que o Governo de SC pegou em 2013, pagou mais de R$ 1,5 bilhão (quase tudo de juros e encargos) e ainda deve quase os mesmos R$ 3 bilhões”. Na postagem, Moisés especificou que a dívida quase dez anos depois, ainda não foi paga, e relata que o valor pago foi apenas juros e encargos.

Outro contra

Além de Colombo, o deputado estadual Bruno Souza, do Novo, também está em cima do governador. Desde março, o parlamentar denuncia o uso indevido do avião ambulância Arcanjo-06. Na última sexta-feira (22), o deputado flagrou a aeronave no aeroporto de Lages a espera de autoridade, a pedido da Casa Civil, conforme confirmou o piloto.

Ele apurou e encaminhou pra a imprensa que a viagem do governador Moisés a Bonito com Arcanjo-06 custou R$ R$ 149.358.60 aos cofres públicos. A aeronave voou duas vezes ao destino turístico, possivelmente, para levar e buscar o governador Carlos Moisés da Silva. A locação do Arcanjo é paga com recursos da saúde.

Os dados estão descritos na fatura de janeiro, encaminhada pela empresa contratada para a Secretaria de Estado da Saúde. A ida a Bonito com o Arcanjo, em 20 de janeiro, teve o custo de R$ 74.113,20. No retorno do avião, no dia 25 de janeiro, o gasto do deslocamento chegou a 75.245,40. Ou seja, quase R$ 150 mil reais pagos com recursos públicos para uma viagem que, em voo comercial sairia por cerca de R$ 1.500,00, incluindo as passagens de ida e volta.

Além disso, a fatura do Arcanjo-06, referente aos voos realizados em fevereiro, foi de R$ 1.113.476,20, quase o dobro do valor mensal da licitação que é de R$ 611 mil. O histórico apresenta 28 deslocamentos em fevereiro de 2022, sendo que em apenas oito situações consta o nome do paciente ao lado. As demais viagens devem ser a pedido da Casa Civil para autoridades.

“Deve ser por isso que estão solicitando aditivo de R$ 1,8 milhão para o contrato. Nesse ritmo o valor total licitado para o ano vai acabar em julho e o dinheiro do catarinense, mais uma vez, vai pelos ares para bancar a farra aérea do governador e secretários”, disse o deputado Bruno Souza.

O deputado Bruno Souza entrou com Mandado de Segurança na Vara da Fazenda Pública de Florianópolis para ter acesso aos diários de bordo do Arcanjo-06 em deslocamentos a pedido da Casa Civil. E vem solicitando das autoridades competentes que tomem providências com relação a este caso que coloca em risco a vida dos catarinenses.