Obras foram paralisadas em novembro, após a desistência da empresa que venceu o primeiro processo licitatório

Içara

A pavimentação asfáltica da Avenida Manoel Gregório Pacheco, na comunidade de Esperança, em Içara, passa por um novo processo licitatório. Empresas interessadas em executar os serviços no trecho de 6,38 quilômetros poderão apresentar as propostas até 15 minutos antes da abertura dos envelopes, marcada para 2 de maio, às 9 horas.

O valor máximo previsto é de R$ 14.865.214,52 e será vencedor do certame o concorrente que apresentar o menor preço global. As obras contratadas deverão ser iniciadas até cinco dias após a expedição da ordem de serviço, com prazo máximo de conclusão de dez meses, contados da assinatura da ordem de serviço.

As obras de pavimentação haviam sido iniciadas no ano passado, mas foram paralisadas no começo de novembro, quando a empresa vencedora do primeiro certame protocolou um ofício junto à Prefeitura de Içara pleiteando uma revisão no valor do contrato. A alegação para o pedido de reequilíbrio financeiro foi o aumento de custos dos materiais.

Após audiências junto à Secretaria de Estado da Infraestrutura para tratar do assunto, visto que a obra é realizada em convênio entre o Estado e o município, houve a decisão de promover um novo processo licitatório para concluir os serviços.

Convênio assinado em 2020

O convênio com a prefeitura para o asfaltamento da avenida, além da criação de uma alça de acesso ao Anel Viário, foi assinado em agosto de 2020 pelo governador Carlos Moisés da Silva. Em setembro de 2021, a prefeita de Içara, Dalvania Cardoso, assinou um aditivo para alargamento da via e posterior construção de uma ciclofaixa ao longo do percurso.

Sem desvio

A nova licitação considera o projeto original, ou seja, sem a inclusão de um desvio na altura das futuras instalações do Terminal Intermodal, sugerido pela Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e contestado pelos moradores de Esperança.

A Ferrovia solicitou que nesse trecho a rodovia passasse do outro lado dos trilhos, mudança necessária para permitir a manobra do trem sem que o trânsito seja interrompido quando o terminal estiver em operação. Em oposição, o argumento dos moradores é de que essa mudança traria prejuízos, como a diminuição do espaço para estacionamento no cemitério da comunidade.

Colaboração Andréia Limas, Canal Içara.