Time da Raça perdeu para o Concórdia por 2 a 0 no último jogo da primeira fase

Criciúma

O Próspera teve um início de ano ruim e, após o fim da primeira fase do Campeonato Catarinense, acabou mesmo rebaixado para a Série B. O Time da Raça precisava apenas de um empate para permanecer na elite, mas foi derrotado pelo Concórdia pelo placar de 2 a 0.

Depois de dominar da superioridade no primeiro tempo, o Colorado Esquadrão não conseguiu segurar o Galo do Oeste e sofreu os dois gols no segundo tempo. Marcelinho e Rafa Marcos marcaram para o Concórdia e determinaram o rebaixamento do Próspera. O Time da Raça agora foca na preparação para a Série D do Campeonato Brasileiro, com estreia no dia 17 de abril, contra o Cascavel-PR. O time do Oeste mantém a atenção no estadual.

Diretor de futebol fala sobre a queda

“Subimos de uma maneira fantástica, mas com uma estrutura falha. Tivemos sucesso e não buscamos a estrutura”, falou Nei Rama, diretor de futebol do Próspera, em entrevista para a Rádio Eldorado. Além de enfrentar os 11 adversários da competição estadual, o Time da Raça também precisou encarar problemas logísticos no campeonato, como o de não poder jogar no Estádio Engenheiro Mário Balsini por conta de uma reforma no gramado. Assim, o Próspera fez um estadual itinerante, mandando seus jogos em cinco cidades diferentes (Florianópolis, Tubarão, Jaraguá do Sul, Joinville e Camboriú).

Para o diretor de futebol do clube, a falta de planejamento foi o principal obstáculo do Time da Raça, que desembolsou R$ 180 mil para conseguir jogar longe da sua casa. “Eu não fujo da minha responsabilidade e erros. Temos que falar o que o Próspera não fez, o que nós não fizemos. A gente foi levando, da maneira que todos conhecem. Desde o apito final da última partida quando subimos para a Série A do Catarinense, temos que analisar o que o Próspera deixou de fazer e, quando fez, fez no momento atrasado. Eu me incluo nisso. E um campeonato como é o Catarinense exige coisas mais organizadas”, disse.

Nei Rama garantiu que não houve brigas dentro da diretoria do clube. “O Próspera está acima de tudo e temos que reorganizar o clube e fazer o time brilhar na Série A do Catarinense mais estruturado. Foram os três piores meses da minha vida no futebol. A gente sofreu, batalhou e fizemos de tudo para arrancar o empate aqui e merecer estar na Série A. Não ficamos por um todo, pelo o que foi feito dentro de campo, pela estrutura”, emendou.

O Time da Raça voltará a campo para uma partida oficial somente no dia 17 de abril, contra o Cascavel-PR. Será a primeira participação do Próspera em uma competição nacional e também a oportunidade para iniciar uma reestruturação.

Agora é Série D

“Na Série D temos que jogar no Estádio Mário Balsini e dar o resultado que a torcida do Próspera merece. Temos tempos para trabalhar na estrutura do clube. A gente consegue fazer o futebol. Temos a folha mais baixa do campeonato, mas é um bom time, uma equipe jovem”, pontuou.

Uma boa Série D também pode ser o início do caminho para o retorno à elite do Catarinense, acredita Rama. “Vamos repensar, reestrutura o Próspera na Série B, encarar a Série D do Campeonato Brasileiro e fazer de tudo para quando a gente reascender para a Séria A do Catarinense a gente ter condições dignas de participar”, finalizou o diretor.