Presidente da República acenou que entraria no partido e chegou a marcar data para oficializar a entrada, mas depois a data foi desmarcada

Criciúma e Içara

As incertezas da filiação do presidente da República Jair Messias Bolsonaro, que está sem partido, têm deixado as lideranças do PL do Sul do Estado sem saber o que falar a respeito do assunto. Bolsonaro chegou a marcar a ida para o partido no dia 22 de novembro, mas depois acabou desmarcando. Em sua conta no Twitter, o vereador de Criciúma Nicolas Martins, que estaca esperando o embarque no Aeroporto de Congonhas, colocou as impressões do que se passava pelo local. Ele chegou a presenciar o presidente do PL Valdemar Costa Neto ao telefone falando que “isso tem que se definir esta semana”, provavelmente falando da filiação de Bolsonaro ao PL.

Para o presidente do PL de Criciúma e pré-candidato de deputado estadual Márcio Búrigo, o partido primeiro vai esperar esta definição, já que os dois líderes ainda não conseguiram chegar a um acordo. Porém, ele avalia que a filiação de Bolsonaro no PL, caso venha a ocorrer, vai somar para o partido, que ganhará mais visibilidade e possibilidade de mais candidaturas da sigla para deputado federal e estadual. “Com a vinda dele para o PL o cenário em SC muda, pois aumenta as chances de mais candidaturas”, destaca Búrigo.

Segundo ele, mesmo com toda esta movimentação no cenário nacional, permanece focado em seu trabalho como pré-candidato com visitas sendo realizadas em outras regiões. A partir de hoje, começa a percorrer a região Serrana, com visitas em diversos municípios. “No sábado, estarei em Lages e lá deverei encontrar o Jorginho Mello e então conversaremos sobre esta possível vinda de Bolsonaro”, pontua.

Também as lideranças do PL de Içara preferem primeiro aguardar a definição lá em Brasília para depois poder se manifestar. O vereador Max Luiz, o Max Rola, do PL, fala que será uma boa a vinda dele para o partido, mas que não quer se manifestar oficialmente, sem antes se confirmar a filiação.

Moisés sem partido

Não é somente o presidente Jair Messias Bolsonaro que está sem partido, neste período pré-eleitoral. O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, ainda não definiu em que partido estará em 2022. Ele é cotado no Podemos, no PP e também no MDB. Mesmo com o MDB e o PP tendo pré-candidatos ao governo, a filiação de Moisés em uma das siglas provocaria uma mudança no cenário, pois ele seria o candidato natural à reeleição.