Mais de 53 mil procedimentos foram realizados neste período no local, que também abrigou hospital de retaguarda

Criciúma

O Centro de Reabilitação Cardiopulmonar pós-Covid-19 de Criciúma completou ontem (28) um ano de funcionamento; e autoridades políticas estiveram no local como forma de parabenizar os profissionais envolvidos no processo. Segundo dados da Secretaria de Saúde, mais de 53 mil procedimentos foram realizados durante o período em mais de mil pacientes que passaram pelo local no Distrito de Rio Maina.

Pelo menos 310 pacientes reabilitados tiveram alta e 95% tiveram melhoras significativas em eixos como saúde mental, aptidão cardiorespiratória, aspectos físicos e nutricionais. Para o coordenador do Centro de Reabilitação, médico Luiz Fontana, o sucesso deste projeto incentivou outras cidades a repetirem o modelo. Reconhecimento e vidas salvas durante a pandemia: “Foi uma honra ter reabilitado muitas pessoas e vamos continuar ajudando. Isso também foi possível com apoio da equipe multiprofissional que está bem alinhada. É uma equipe fundamental que se preocupa com os pacientes”, elogia.

“Perdemos 653 pessoas, o Brasil mais de 600 mil pessoas, é um momento difícil que a humanidade toda está vivendo, mas os gestores públicos da área da saúde aqui de Criciúma deram resposta à altura, e enfrentam como verdadeiros guerreiros salvando vidas de pessoas, entubando, traqueostomizado, cuidando das pessoas nos leitos e UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Aqueles que conseguiram sobreviver, eu sou um sobrevivente, você que está lendo a matéria também é, agora temos nosso Centro de Reabilitação que completa um ano hoje e mais de 53 mil procedimentos já foram feitos aqui”, afirmou o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro.

Inaugurado em 28 de setembro de 2020, o Centro de Reabilitação Cardiopulmonar pós-Covid-19 é o primeiro no Brasil a prestar este procedimento integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O espaço conta equipe multiprofissional formada por enfermeiros, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, médico do esporte, pneumologista, profissionais de educação física e fonoaudiólogo.

“Muitas pessoas ficaram isoladas e internadas neste local, salvamos muitas vidas, tanto na internação quanto nos leitos de UTI. Teve um momento que tínhamos 85 pessoas internadas em locais inadequados esperando um leito de UTI, abrimos os leitos e se tivesse salvo só uma pessoa já teria valido a pena, imagina quantas nós salvamos”, disse o secretário de Saúde, Acélio Casagrande.

Após a pandemia

Após o fim da pandemia, a ideia é manter o Centro de Reabilitação, só que direcionado para pacientes de cirurgias cardíacas ou vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), por exemplo. “São pessoas que precisam passar pelo processo de reabilitação. Já era ideia nossa, do Acélio e minha, termos um Centro de Reabilitação antes da Covid-19, a pandemia apenas acelerou esse processo. Vai continuar sim sendo um Centro de Reabilitação, mas temos espaço físico extraordinário e estamos discutindo com o Governo do Estado a forma de colocar toda esta estrutura à disposição para que procedimentos cirúrgicos de média e baixa complexidade sejam realizados aqui”, afirmou Salvaro.