Nas unidades escolares da cidade, o quadro de profissionais não se mostra apoiador do movimento deflagrado pelos sindicalistas

Içara

Até o momento, é baixo o número de adesões ao movimento que pretende suspender as atividades presenciais nas escolas da rede estadual, deflagrado a partir da decisão tomada em assembleia estadual do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública Estadual de Santa Catarina (Sinte), na segunda-feira (8). Em escolas de Içara, as aulas continuam ocorrendo conforme o cronograma.

“Não tivemos nenhum professor faltante esta semana. Conversamos com os professores para ver quem pretendia aderir à paralisação e, por ora, nenhum vai”, afirma a diretora da escola Antônio Colonetti, do bairro Jaqueline, Ana Paula Conti. Segundo ela, caso seja necessário remanejar as aulas, os pais ou responsáveis serão avisados com um dia de antecedência por meio dos grupos de WhatsApp.

A escola Professora Salete Scotti dos Santos também não registrou adesão à greve sanitária. “Não tivemos nenhum professor faltando e não houve qualquer movimentação relacionada à paralisação”, indica também Sandra Behenck Schwanck, assessora de direção da escola Maria da Glória e Silva, do bairro Aurora.

A diretora da escola Antônio Guglielmi Sobrinho, de Vila Nova, Nerilda Vandir Felisberto, explica que a unidade escolar ainda não tem todo o quadro de profissionais composto para o ano letivo, porém, não há relação com o movimento deflagrado pela categoria. “Caso haja alguma adesão na escola, vamos aguardar a orientação da coordenação regional para tomar as medidas necessárias”, declara.

Organização

A Regional Criciúma do Sinte ainda tenta mobiliar a categoria. Integrantes da coordenação reuniram-se virtualmente logo após o encontro estadual de segunda-feira para discutir os encaminhamentos e chamaram uma assembleia para terça-feira. “É um movimento em defesa da saúde, preventivo ao contágio pela Covid-19. Nós queremos trabalhar, mas entendemos que a pandemia não permite ficar na unidade escolar, que é um ambiente próprio para aglomeração e contaminação”, avalia o coordenador do sindicato para a região de Criciúma, Ênio Leonardo Rocha Candido.

“As escolas não contam com a devida estrutura, nem profissionais para orientar os estudantes. Defendemos a continuidade das atividades apenas remotas até a vacinação de todos”, acrescenta. A Procuradoria-Geral do Estado, por vez, ingressou com uma ação para declarar ilegal a greve sanitária, pois entende que o movimento desconsidera toda a análise técnica que permitiu o retorno das atividades presenciais e “exige do ente público uma medida completamente desarrazoada para seu encerramento – a vacinação de todos os membros da categoria profissional”.

Colaboração Andreia Limas
Canal Içara