Situação financeira de segmentos econômicos em Santa Catarina é o motivo para as críticas
Da Redação
A situação financeira de segmentos econômicos em Santa Catarina e as críticas à politização do combate à pandemia da Covid-19 foram os principais assuntos da sessão ordinária da Assembleia Legislativa de quinta-feira (4). Além disso, parlamentares discutiram a possibilidade de decretação de lockdown no Estado – e as consequências dessa medida – e a necessidade de dar celeridade à vacinação da população.
O deputado Ricardo Alba (PSL) alertou para as dificuldades enfrentadas pelo setor de eventos no Estado, uma vez que esse tipo de atividade está proibido desde o início da pandemia. “Congressos, feiras, shows, espetáculos em geral, salões de baile, empresas de sonorização estão prejudicados há quase um ano, sem poder trabalhar”, afirmou o deputado. De acordo com o parlamentar, o setor de eventos movimenta mais de R$ 200 bilhões no Brasil.
Alba defendeu a criação de uma linha de crédito da Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc) para socorrer o segmento. “O mínimo que pode fazer é o Badesc abrir linha de crédito, com juro zero e longo prazo de pagamento para segmento de eventos. A linha é para que as empresas permaneçam vivas e elas precisam de crédito para isso”.
A iniciativa foi apoiada em aparte pelo deputado Jessé Lopes (PSL). “Se o Estado quer que a pessoa deixe de produzir, tem que subsidiar. Se não tem dinheiro, não pode fazer lockdown”.
Críticas ao governo
O deputado Sargento Lima (PSL) criticou a possibilidade de lockdown no Estado e lamentou porque, na visão dele, em 2020 o assunto não foi abordado da maneira adequada. “Houve medo da reação das pessoas, que preferem o obscurantismo, o xamanismo, o achismo, em vez da ciência”.
Sargento Lima criticou o governador Carlos Moisés por medidas adotadas desde o ano passado que, na visão do parlamentar, não surtem efeito no combate à pandemia. “Se tivesse aberto três leitos em cada hospital, hoje teríamos 60 leitos”.
Na avaliação do deputado, as medidas de fechamento da economia são ineficientes. Sargento Lima ressaltou que os setores produtivos são contrários ao lockdown e até externaram sua posição num documento assinado por 80 entidades e entregue ao governo.
“Nesse fim de semana, alguns vão fechar as portas e deixar de trabalhar. Outros já vão à falência e alguns vão trabalhar clandestino. Enquanto isso, o Executivo defende a tese de ‘esperar e monitorar’. Essa desculpa vai ser usada até quando? 2022?”, questionou. Lima cobrou que Moisés faça “as escolhas certas e mostre quem manda em Santa Catarina”.