Última equipe que dirigiu foi o Santa Cruz do Recife. Antes de acertar com o Tigre rejeitou proposta do Guarani
Criciúma
A direção do Criciúma não demorou muito e um dia após ter demitido Roberto Cavalo apresentou na tarde de ontem (8) o técnico Itamar Schulle. Ele chega para dirigir a equipe carvoeira até o fim do Campeonato Brasileiro da Série C. O treinador já começou a trabalhar com o grupo e comandará o Tigre no confronto de domingo, às 20 horas, no Estádio Heriberto Hülse, diante do Londrina, válido pela 10ª rodada da competição. Ele veio com a missão de conseguir o acesso do time criciumense para a Série B em 2021.
O presidente Jaime Dal Farra foi quem apresentou o novo treinador e desejou sucesso na missão. O presidente também explicou que foi um momento difícil fazer a demissão de Roberto Cavalo e de sua comissão técnica, mas que foi necessário. “São todos amigos da gente, mas precisamos pensar no melhor para o Criciúma”, pontuou o presidente. Além de Itamar Schulle, foram contratados o auxiliar técnico Lucas Isotton, o preparador físico Carlos Gamarra e o analista de desempenho Francisco Salles.
Esta é a segunda passagem do treinador no Criciúma. A primeira foi no ano de 2009, quando foi contratado para tentar livrar o Criciúma do rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro, faltando quatro jogos para terminar o campeonato e cumpriu a missão. Desta vez, retorna com a meta de reverter o mau momento vivido pela equipe no campeonato Brasileiro da Série C, onde o Criciúma vem de duas derrotas seguidas e fora da zona de classificação à segunda fase.
“Depois que saí daqui, não lembro de o Criciúma ter um momento tão ruim do que quando assumi o clube dez anos atrás. O time havia perdido de 4 a 1 para o Marcílio Dias em casa. Depois fomos lá e ganhamos deles. Se empatasse, o Criciúma teria sido rebaixado. Foi um trabalho muito difícil. A gente não podia perder jogos. Mais para a frente ainda conseguimos brigar pela classificação. Foram mais de 30 técnicos convidados para assumir o Criciúma ne época, ninguém quis, ainda mais com a dificuldade financeira que estava que não podia contratar”, relatou o novo contratado.
Ele pontua que o momento é bem diferente do que dez anos atrás. “Agora é um novo Criciúma, um time diferente, que cresceu, com uma camisa forte e as glórias que sempre teve. Temos novamente que nos unir, buscar as vitórias e a classificação, que é o primeiro passo. Depois é pensar no acesso, que é o mais importante”, pontuou Schulle.
Bom momento
Diferente do Criciúma, Itamar Schulle percorreu um caminho de sucesso nestes dez anos. Ele contou na entrevista coletiva que nos últimos seis anos teve bom desempenho nas equipes que comandou. Foram sete finais, dois títulos e um acesso da Série C para a Série B, com o Cuiabá, em 2018. “Quem em seis anos conquistou sete finais, dois títulos e um acesso? Então existe um trabalho. Mas não é só eu. É um trabalho formado por uma comissão, uma direção e os atletas. Gosto de trabalhar junto, dividindo as responsabilidades e valorizando o profissional. Todo ser humano gosta de ser valorizado. Eu trabalho assim”, avisou.
Questionado sobre a vinda de reforços, o treinador contou que primeiro vai buscar informações com os integrantes do Departamento de Futebol, sobre o grupo, e também disse que assistiu os dois jogos completo do Criciúma, contra o Ypiranga e o Brusque, e acompanhou um tempo do confronto contra o Londrina. “Eu não posso falar para o presidente que aceito ser técnico do Criciúma se eu contratar dez jogadores. São situações que vamos conversar. Temos honra e vou fazer o meu melhor. Estou disposto. Vim para cá com convites que acabei dizendo não para clubes de Série B para vir para o Criciúma. O segundo passo vai ser agora, conhecer melhor o grupo. Não posso colocar uma situação antes de ver com meus olhos. Se for necessário, a gente passa para a diretoria e vamos conversar”, destacou.
