Infecção por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes, mas pode evoluir para algo mais grave
Da Redação
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Porém, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer (foto).
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). Consequentemente, o uso de preservativos durante a relação sexual com penetração, protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.
Os HPVs são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais, 40 podem infectar a região genital e provocar cânceres, como de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, e outros podem causar verrugas genitais.
Vacinação
Os principais vírus são combatidos com duas doses da vacina de HPV. A vacina tetravalente contra o HPV, para meninas de 9 a 14 anos (foto) e meninos de 11 a 14 anos, é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual. Devem ser tomadas duas doses, com intervalo de seis meses. “Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero”, explica a enfermeira da Unimed Emanueli Carly Dall Agnol.
A vacinação e o exame preventivo (Papanicolau) se complementam. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade entre 25 e 64 anos de idade, devem realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV.
Exame preventivo
O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. “O exame preventivo é indolor, simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno desconforto”, afirma Emanueli. Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior ao exame; evitar também o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame.
“É importante também que não esteja menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê”, complementa.
O tratamento para cada caso de câncer uterino, segundo Emanueli, deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, tamanho do tumor e outros fatores.
Sintomas comuns do câncer uterino
O câncer de colo de útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Quando apresenta, os mais comuns são: sangramento vaginal intermitente após a relação sexual; secreção vaginal anormal; dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.