De acordo com a Associação Brasileira do Sono, de cada três brasileiros, pelo menos um tem insônia — distúrbio que se caracteriza pela dificuldade de começar a dormir, manter-se dormindo ou acordar antes do horário desejado. No meu mestrado em Neurociências os fatores causadores da insônia são amplamente pesquisados e discutidos, como fatores psicofisiológicos, como expectativas, preocupações e estresse. Mas segundo as pesquisas realizadas a base de uma boa qualidade se baseia em um tripé, sendo o sono, a alimentação e atividade física, e eu acrescentaria mais uma, a Saúde mental, todos deveriam fazer terapia em algum momento da vida, pode ser transformador.
A insônia é uma doença comum na sociedade moderna, e é agravada pela concorrência cada vez mais acirrada no local de trabalho e em outros lugares, juntamente com o rápido desenvolvimento econômico e social. Os distúrbios do sono podem resultar em diminuição da imunidade e podem causar doenças como depressão e doenças cardíacas, além de muitos outros sintomas somáticos. A três principais categorias da insônia, de acordo com a Classificação Internacional de Distúrbios do Sono são: a de curto prazo, crônica e outros tipos de insônia. E você, será que sofre de insônia? Vou apresentar alguns critérios e para que você possa fazer a sua autoanálise, são eles: dificuldade em adormecer, dificuldade em adormecer ou despertar cedo, apesar da oportunidade de dormir; os sintomas devem estar associados ao comprometimento do funcionamento diurno e ocorrer pelo menos três vezes por semana por pelo menos um mês. Mas caso você esteja com esses sintomas procure um médico especialista do sono, aqui na região contamos com um Laboratório do Sono de alta qualidade, onde se realiza um exame chamado Polissonografia, um exame não invasivo que mede a atividade respiratória, muscular e cerebral durante o sono, as informações são coletadas por sensores espalhados pelo corpo e analisadas por computadores que transformam os dados em padrões que descrevem em detalhes como é o descanso do indivíduo, e jamais se automedique.
A insônia é mais comum em mulheres, principalmente após a menopausa e no final da gravidez, e em adultos mais velhos. Já a insônia crônica está associada a dificuldades cognitivas, ansiedade e depressão, baixo desempenho no trabalho, diminuição da qualidade de vida e aumento do risco de doenças cardiovasculares e mortalidade por todas as causas.
A boa notícia, no entanto, é que existem diversos meios de prevenção e tratamento da insônia. “A primeira coisa a ser feita é cuidar da higiene do sono, ou seja, limpar tudo aquilo que nos atrapalha para pegar no sono”, vamos a dez dicas que podem te ajudar a higienizar o sono e evitar a insônia:
- Adotar horários regulares de sono;
- Evitar dormir muito durante o dia;
- Fazer atividade física pela manhã ou à tarde;
- Evitar bebidas com cafeína à noite;
- Comer alimentos leves no jantar;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Diminuir a exposição à luz durante à noite (cuidado com a luz do celular);
- Criar um local aconchegante para dormir;
- Fazer atividades relaxantes à noite;
- Tentar não “brigar” com a insônia.
Então, após sua higiene do sono, descanse e tenha bons sonhos!
Giseli Barbara. Psicóloga & Coaching
Mestre em Ciências da Saúde
Insta: Giseli_barbara/ E-mail: giselibarbara@gmail.com