Quatro prisões foram realizadas de organização que simulavam crime por rede social para extorsão

Içara e Criciúma

Oito mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos na manhã de ontem (7) pela Divisão de Investigação Criminal de Criciúma (DIC). As ocorrências fazem parte da Operação Aletheia, responsável por investigar uma organização criminosa por crimes de extorsão sexual, realizados online, na região.

Em Içara, duas pessoas foram presas, de 22 e 38 anos de idade. Além disso, três dos mandados de busca e apreensão foram realizados nos bairros Cristo Rei e Boa Vista. O restante dos mandados foi cumprido em Criciúma, onde ainda houve duas prisões. A operação contou com o trabalho de 50 policiais civis, o Serviço Aeropolicial, com o uso do helicóptero, e também a Coordenadoria de Recursos Especiais.

De acordo com o comandante da Aletheia, delegado Yuri Miqueluzzi, a organização criminosa atuava em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. O meio das extorsões era a internet. Os criminosos criavam perfis falsos de mulheres jovens e escolhiam as potenciais vítimas, geralmente homens com idade entre 30 e 40 anos. A movimentação bancária chegava a R$ 100 mil ao mês com o crime.

“Eles entravam em contato com interesse em estabelecer relacionamento, migravam para aplicativos de mensagens instantâneas, em conversas que se estendiam por semanas, até receberem fotos e vídeos íntimos”, indicou o delegado. Em seguida, um terceiro envolvido entrava em contato com a vítima, se identificando como o pai da garota, e acusando o envolvido de pedofilia, exigia quantias de R$ 1 mil a R$ 30 mil para que as mensagens não chegassem à polícia e familiares.

Miqueluzzi ainda informou que além das extorsões foram identificados indícios de lavagem de capitais, falsificação ideológica e de documentos, corrupção de menores, furtos e roubos. Na operação, foram apreendidos uma arma, simulacros, celulares, computadores e também um Honda Fit clonado. Por essa razão, as investigações seguirão acontecendo.