Governador de Santa Catarina concedeu ontem entrevista a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão

Florianópolis

Em entrevista exclusiva para Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) transmitida ontem por rádios associadas, o governador Carlos Moisés da Silva falou sobre o combate ao coronavírus, a economia e a retomada das atividades e as notícias falsas que andam circulando.

Sobre o combate ao novo coronavírus, Moisés citou a preocupação com a chegada do inverno e o fato da transmissão ser maior em climas frios. “A taxa de transmissibilidade já aumentou e é natural. Primeiro porque o isolamento diminuiu, chegamos a superar 60%, 70% e hoje estamos com 38%. Não há que se pensar em uma normalidade. As pessoas estão na rua porque atividades foram mantidas. Então o fator isolamento social não pode se levado em conta como único fator que vai influenciar na transmissibilidade”, disse.

O inverno, segundo o governador vai trazer também a preocupação com a gripe Influenza. “A gripe comum traz problemas para crianças e idosos. E começamos a nos preocupar com a demanda que a rede hospitalar venha a ter. Da mesma forma que esta demanda pode aumentar, podemos ter uma proliferação maior do vírus pelas condições climáticas. A gente não entende ainda como ele vai se comportar no estado com as temperaturas mais baixas, ambientes fechados, uso de aquecedor”.

Isolamento social e economia

Para Carlos Moisés, o isolamento social deu resultados e agora se pode abrir para a regionalização das atividades. “Recomendamos, em parceria com a Fecam, que os prefeitos montassem as suas salas de crise, muitos já têm a estrutura com pesquisa de resposta à saúde. As cidades precisam estar preparadas. Tudo precisa ser muito bem pontuado em cada região para ter a gestão da crise local. Trazer para todos a responsabilidade, as possíveis demandas da região”.

O governador falou ainda que o diálogo com o setor produtivo ajudará a dar impulso à economia no pós-pandemia. “Agora que o momento apresenta uma certa estabilidade, que os planos foram colocados em prática, a gente começa a ser mais criativo”, salientou Moisés, acrescentando que a economia nunca foi deixada de lado. “Desde o começo a gente não abstraiu a economia, tanto que em todos os momentos que nos decretamos a suspensão de atividades a indústria de um modo geral, aqueles serviços vitais foram mantidos. A partir deste momento trouxemos o setor produtivo para que a gente formulasse normas para a retomada segura de vários setor para que as pessoas não fossem atingidas”, disse.