Higienização das mãos e uso de máscaras são medidas não só contra o novo coronavírus, mas também para evitar a gripe
Criciúma
Ainda faltam algumas semanas para o inverno começar oficialmente, mas com o frio dos últimos dias, um sinal de alerta já deve ser dado sobre os cuidados para evitar as doenças que costumam aparecer ou serem potencializadas com a queda das temperaturas. O uso de máscara e a higienização das mãos com frequência, regra número 1 em tempos de pandemia, deve ser ainda mais observado com a chegada do inverno, mas ainda há outros cuidados a serem tomados.
O professor e pesquisador da Unesc, médico intensivista e pneumologista, Felipe Dal Pizzol, comenta que ainda não se sabe exatamente se a chamadas “doenças de inverno” podem facilitar ou não a contaminação pela Covid-19. O que se sabe, no entanto, é que existe a possibilidade de coinfecção (infecção por dois tipos de vírus simultaneamente) por coronavírus e por influenza (que causa gripe). “Se um vírus pode predispor ao outro ou se eles só compartilham fatores de risco comuns não há conhecimento ainda. Mas as medidas de prevenção ao coronavírus também são medidas de prevenção ao influenza e vice-versa. Por isso a importância de manter as medidas de prevenção que se enquadram para qualquer tipo de virose respiratória deve ser reforçada neste momento de pandemia”, afirma o professor da Unesc.
Como as “doenças de inverno” costumam ser transmitidas de pessoa para pessoa, medidas como evitar aglomeração são importantes para reduzir a incidência dessas doenças, assim como manter o ambiente arejado para reduzir a carga viral nele e higienizar as mãos lavando com água e sabão ou usando álcool 70 em gel. Os bons hábitos na hora de tossir e espirrar não devem ser esquecidos e o uso de máscaras, adotado em função da Covid-19, colabora nesse sentido.
Vacina contra o vírus influenza
Sempre que se fala em doenças de inverno se lembra das doenças respiratórias, pois são as doenças sazonais que mais acometem a população nesse período, principalmente o resfriado comum e a gripe, normalmente causada pelo vírus Influenza H1N1 – que neste contexto do coronavírus possa ter uma incidência maior (ainda não há dados conclusivos).
Para se prevenir, hábitos de vida saudável como prática de exercício físico regularmente, horas de sono adequada e alimentação saudável são as recomendações de praxe. Há a recomendação ainda pelo Ministério da Saúde de se vacinar contra o Influenza H1N1. A vacina não protege contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico da gripe, já que os sintomas são parecidos, além de colaborar com a redução na procura por serviços de saúde no período da pandemia.