Setor agrícola é um dos mais comentados pela OCESC

Da Redação

A pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando mudanças e transformações na forma de organização do trabalho, nas estruturas de produção econômica e no próprio tecido social em todos os países, o que consequentemente também atinge as cooperativas brasileiras.

O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Luiz Vicente Suzin, destacou nesta semana que todos os ramos do cooperativismo estão inovando, não apenas para sobreviver à crise da pandemia, mas para continuar oferecendo soluções e serviços de qualidade aos 2,7 milhões de catarinenses associados às 254 cooperativas. Ele ainda enfatizou que todos os setores do cooperativismo reagiram aos desafios impostos pela pandemia, especialmente as cooperativas dos ramos agropecuário, crédito, consumo, infraestrutura, saúde e transporte que detêm o maior número de associados.

O dirigente exemplifica que as 47 cooperativas agropecuárias difundem orientações para a prevenção ao novo coronavírus nas propriedades de produtores rurais cooperados. Medidas de proteção aos produtores e trabalhadores rurais são ensinadas para garantir segurança no ambiente de trabalho, considerando as características da atividade agrícola, pecuária e extrativa.

Coopafi toma providências

Um exemplo vem da Cooperativa da Agricultura e Pesca Familiar (Coopafi) de Içara, que está realizando algumas providências quanto a situação atual da pandemia. “Incentivamos a montagem de cestas com produtos da agricultura familiar para a entrega em delivery. Além disso, os agricultores que fazem parte do grupo de risco são orientados ao cumprimento do isolamento social, deixando assim para familiares mais jovens as entregas de produtos e o atendimento na feira”, conta o presidente da cooperativa, Fabiano Bortolatto.

Os cuidados de proteção tradicionais seguem sendo realizados, como o uso de máscaras, a disponibilização do álcool em gel e o atendimento de um associado por vez.

As cooperativas ainda orientam sobre formas de prevenção ao coronavírus, os sintomas da Covid-19 e as medidas que devem ser adotadas durante a epidemia, entre elas, evitar o uso compartilhado de ferramentas e equipamentos e impedir o acesso aos estabelecimentos agrícolas de pessoas que não sejam aquelas que ali trabalham e os técnicos do serviço de assistência técnica e extensão rural das cooperativas ou das agroindústrias. Nessa linha, os gestores rurais recebem todas as orientações para conduzir com tranquilidade suas propriedades rurais.

“Todo o apoio que o setor primário necessitar deve ser prestado, pois sabemos que a agropecuária será uma das primeiras atividades que retornará com força total depois da pandemia”, destaca Suzin, o presidente da Ocesc. Ele aponta que a origem, qualidade e sanidade dos alimentos será uma grande preocupação do mundo inteiro após a pandemia do novo coronavírus.

O presidente da Ocesc observa ainda que o cooperativismo brasileiro tem demonstrado resiliência e criatividade para sobreviver em tempos de crise. O desafiador cenário imposto pela pandemia estimulou o surgimento de projetos para manter o funcionamento das cooperativas. Uma das saídas para a atual crise gerada pela pandemia é buscar formas de se reinventar no mercado.

Entre as inovações que surgiram estão plataformas para conectar com os negócios locais, comprando produtos e serviços de comunidades próximas, ajudando na continuidade dos negócios locais e assim, na manutenção dos empregos gerados por esses empreendimentos, impactando de forma rápida e direta na sua realidade. As cooperativas atuam para aproximar os cooperados e a comunidade, oportunizando produtos e serviços para agentes econômicos e consumidores finais.