Filhote de 70 centímetros estava numa área alagada pelas chuvas dentro do terreno da escola da Linha Frasson

Na segunda-feira (10) um filhote de jacaré foi capturado numa creche no bairro São Simão, pela Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri). Ontem, outro filhote, desta vez maior, com 70 centímetros, foi capturado pela Fundação do Meio Ambiente de Morro da Fumaça (Fumaf) e pela Polícia Militar Ambiental no pátio da Escola Municipal Olívio Recco, na localidade de Linha Frasson.

O filhote foi localizado por um servidor da prefeitura durante atividades de limpeza e manutenção da escola. Segundo o servidor, o animal estava em meio à vegetação, em uma área alagada pelas águas da chuva dos últimos dias. Funcionários da Secretaria do Sistema de Infraestrutura drenaram o local para recolher o jacaré.

Segundo o diretor da Fumaf, Natan de Souza, é mais comum encontrar animais silvestres, principalmente jacarés e cobras, em áreas povoadas, nestes períodos de calor e chuva. A coincidência de dois jacarés aparecer em áreas escolares, para a polícia ambiental, é isso mesmo, só coincidência.

O manejo e criação de animais silvestres só pode ser feito com autorização dos órgãos ambientais. “Pelas características destes animais, eles podem colocar em risco pessoas e outros bichos. No caso dos jacarés, por serem predadores, podem dizimar todos os peixes de uma açude, como também causar lesões graves a pessoas que venham a ser atacadas”, explica Natan de Souza.

O artigo 24 do Decreto 6.514 prevê multas e até mesmo prisão para quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade ambiental competente.

Natan de Souza informa que, caso alguém encontre animais silvestres, é importante não se aproximar, muito menos matar ou capturar estes animais. O mais correto é entrar em contato com a Fundação do Meio Ambiente da cidade ou para a Polícia Ambiental para que se possa dar as orientações e os encaminhamentos para cada situação.