Polícias Civil e Federal desarticulam organização de tráfico de drogas

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A partir de Santa Catarina, essa organização enviava cocaína para a Europa na intenção de receber MDMA para a produção de ecstasy

A Polícia Civil realizou ontem, em conjunto com a Polícia Federal, a Operação Conexão Itália, que desarticulou uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas. A partir de Santa Catarina, essa organização realizava tráfico transnacional com o envio de cocaína para a Europa na intenção de receber MDMA para a produção de ecstasy.

A operação desta quarta-feira é consequência das investigações que começaram em maio, além da prisão e apreensão de drogas realizadas por delegacias especializadas da Polícia Civil, nos meses de julho a setembro deste ano. As investigações continuaram e hoje foi deflagrada a operação com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e a PF.

Neste período, dois comerciantes foram presos na sede de empresa de produtos esportivos de Florianópolis. Com eles foram apreendidos 26 kg de cocaína, 11 kg de comprimidos de ecstasy, 1,8 kg de haxixe e 4 kg de MDMA, já dispostos embalados em malas.

A investigação apurou que o objetivo da organização criminosa era a remessa internacional de cocaína para o continente europeu, com o consequente recebimento da droga sintética MDMA. Essa substância é base para a produção de ecstasy – também conhecido como doce ou bala – uma das drogas mais presentes nas baladas de jovens de classe média e alta no Brasil e em vários países do mundo.

Mais de 50 policiais, entre federais e civis de Santa Catarina, cumpriram mandados expedidos pela Justiça Federal. Foram 13 mandados de busca e apreensão, sendo quatro em Florianópolis, dois em São José, dois em Balneário Camboriú, um em Curitiba e quatro na capital de São Paulo. Também estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária.

Os investigados responderão por tráfico transnacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cuja a pena culminada pode ultrapassar os 30 anos de prisão.

O nome Conexão Itália faz referência a condição de um dos principais suspeitos que tem cidadania dupla – brasileira e italiana – e que se valia dessa condição para realizar várias viagens internacionais.